Quitar dívidas, investir, o que fazer com o dinheiro da restituição do IR

Nem sempre o valor da restituição é expressivo, mas a quantia pode servir de complemento para alcançar uma meta financeira
sexta-feira, 23 de junho de 2023
por Jornal A Voz da Serra
(Foto: Pexels)
(Foto: Pexels)

Depois de um primeiro lote de restituição do Imposto de Renda histórico, com 4,1 milhões de contribuintes e valor total pago de R$ 7,5 bilhões, quem não entrou na primeira leva de pagamentos aguarda, agora, pelo segundo lote, que está programado para ser liberado em 30 de junho.

Nesta temporada, a Receita Federal recebeu 41.151.515 de declarações de Imposto de Renda — outro recorde, já que o volume de declarações recebidas em 2022 bateu 36,3 milhões de declarações.

Embora nem sempre o valor da restituição seja expressivo, qualquer quantia extra pode servir para ajudar a pagar uma dívida, complementar uma meta financeira, comprar algum item. Pensando nisso, o InfoMoney buscou respostas com experts de finanças para mostrar o que pode ser feito com o dinheiro de sua restituição. 

A primeira atitude a ser tomada é verificar o calendário da restituição. “É importante acompanhar pelo site da Receita Federal”, afirma Cintia Senna, educadora financeira. “Saber o montante e quando vai cair é crucial para começar a olhar para o orçamento e definir o que fazer com os valores”.

Pague as dívidas

Sabendo quanto e quando vai receber o valor, a primeira orientação é usar o dinheiro da restituição para sair do “vermelho”, recomenda a economista Isabella Brandão. “Se tem dívida, o dinheiro pode ser direcionado para isso. Ficar no vermelho é a pior situação”, alerta e ensina que o dinheiro pode ser usado para quitar dívidas específicas, adiantar alguma parcela ou abater valores de alguma despesa que está consumindo a renda mensal.

Dívidas tendem a acumular juros altos e podem virar uma “bola de neve” no orçamento. Por isso, o contribuinte precisa entender quais dívidas são mais urgentes e utilizar o dinheiro restituído para acertar as contas.

Em termos de prioridades, Senna recomenda olhar primeiro para as dívidas inadimplentes, ou seja, as que estão atrasadas. “Dentro da inadimplência, sempre priorizar aquilo que tem algo como garantia, como financiamento imobiliário ou de veículo. Isso porque o atraso de parcelas pode fazer com que o contribuinte perca o bem e fique em uma situação complicada”, explica.

Depois, segundo ela, o ideal é usar o dinheiro para quitar as contas em atraso de consumo, como água, luz, internet — aquelas do dia a dia. “Por último, aquelas que chamamos de ‘dinheiro por dinheiro’, como cheque especial e rotativo que possuem juros altos”, diz Senna.

O juro do rotativo do cartão de crédito fechou 2022 em 409,3% ao ano e, no caso do consignado, a taxa anual pode passar dos 25%, segundo dados do Banco Central. Mesmo o cheque especial que tem juros mais baixos que os mencionados, o teto é de 8% ao mês, também muito superior ao juro mensal da Selic.

Se o dinheiro da restituição não for o suficiente para quitar a dívida, Senna orienta o contribuinte a entender como o dinheiro da restituição mais a renda mensal podem ser usados para quitar o débito, antes de efetivamente fechar uma renegociação.

“Acontece de a pessoa ter a falsa impressão de que a restituição vai salvá-la do vermelho e ela assume uma renegociação sem fazer as contas. Paga uma parte maior e sai dessa dívida, mas, nos meses seguintes, se endivida novamente. O dinheiro da restituição cai uma vez só e nesses casos precisa ser usado com estratégia”, pontua Senna.

Por outro lado, Brandão entende que se o contribuinte conseguir negociar um desconto, por exemplo, para quitar a dívida à vista, pode ser uma boa saída para o dinheiro da restituição.

(Fonte: www.infomoney.com.br)

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