Quem é Johnny Maycon, segundo Massimo

Um jovem vereador que sempre se mostrou sério, comprometido e coerente ao longo do seu mandato
quarta-feira, 18 de novembro de 2020
por Jornal A Voz da Serra
Johnny Maycon na Câmara (Foto: Henrique Pinheiro)
Johnny Maycon na Câmara (Foto: Henrique Pinheiro)

Ao longo dos últimos quatro anos, fazendo a cobertura das atividades do Legislativo municipal, a coluna do Massimo teve oportunidade de conviver bastante com o novo prefeito eleito de Nova Friburgo, vereador Johnny Maycon.

Agora, diante do resultado das eleições, parece oportuno falar um pouco sobre essa experiência, e o tipo de expectativas que ela levanta quanto ao que se pode esperar da próxima administração municipal, caso sua conduta não venha a se alterar.

Caráter

A primeira e talvez mais importante coisa a se registrar é que Johnny Maycon é um rapaz sério, que verdadeiramente acredita nas coisas que diz, e é coerente com elas.

Características que obviamente deveriam ser pressupostos na vida pública (e também fora dela), mas que no contexto político brasileiro e friburguense atual acabam sendo dignas de nota.

Testado

Aos 31 anos ele assumiu seu primeiro mandato na Câmara Municipal, sendo confrontado logo de cara com um governo que constantemente testou o quanto cada vereador estava apto a exercer suas funções e disposto a fiscalizar e se envolver.

E é justo reconhecer que Johnny foi um dos poucos que passaram nesse teste, entre os parlamentares da atual legislatura.

Aprendizado (1)

É também notório que o prefeito eleito aprendeu muito sobre o funcionamento das instituições e sobre os problemas da gestão municipal ao longo de seu primeiro mandato.

Algo que fica claro não apenas na evolução de seus discursos, mas na qualidade e na efetividade de suas ações fiscalizatórias.

Aprendizado (2)

Claro que ele tem apenas 35 anos, e não escapa às características da juventude, para o bem ou para o mal.

E é óbvio que, quando tiver 39 e encerrar o novo mandato, terá muito mais experiência e conhecimento do que tem agora.

Ainda assim, sua experiência não deve ser desprezada.

Além disso, já foram dadas demonstrações de que Johnny aprende rápido.

Desafios

Além de todos os desafios complexos que tem pela frente, basicamente envolvendo o enfrentamento da(s) crise(s) decorrente(s) da Covid-19, Johnny também tem consciência de que foi eleito com o apoio de pequena parcela da população, em grande parte (mas não integralmente) condensada na comunidade evangélica friburguense.

Diversos setores de nossa sociedade o encaram com desconfiança, e parece claro que os tradicionais mandatários do município não se reconhecem nele.

Independência

Parte dessa desconfiança advém de sua filiação partidária, e a julgar pela conjuntura nacional certamente haveria bons motivos para tais ressalvas.

Ainda assim, o convívio próximo deixa claro que o prefeito eleito não deverá se dobrar a qualquer influência partidária com a qual não concorde, e a forma como o  Republicanos instruiu que o partido compusesse a base do governo Renato Bravo é bom exemplo disso.

Chantagistas (1)

A difícil missão de desconstruir a desconfiança junto a esses setores e assegurar apoio popular suficiente para as medidas que precisam ser tomadas certamente não será facilitada pelos ataques que com certeza irá sofrer.

Na Câmara Municipal há um bom punhado de vereadores cujas reeleições sustentam-se sobre assistencialismo, sobre a obtenção de empregos e gratificações, e é de se esperar que essa turma reaja fortemente à anunciada determinação de não negociar cargos para obtenção de base de governo.

Um dos caminhos, claro, será tentar entregar a presidência a um desses chantagistas.

Falaremos sobre isso em breve.

Chantagistas (2)

Além disso, também na comunicação, sobretudo em redes sociais, é grande o contingente de párias, de difamadores profissionais, pessoas que ganham a vida chantageando, vendendo elogios ou ataques mentirosos, e seria demais imaginar que agora, sem luta, essa turminha vai espalhar currículos e procurar emprego.

Antes, é claro, vão tentar valorizar os próprios passes, fazer parecer que têm alguma influência ou relevância, como se o recente resultado das urnas não tivesse deixado claro o suficiente que falam apenas para si mesmos e não são levados a sério por ninguém que se dê ao respeito.

Voto de confiança

Apesar de todo este contexto, contudo, a cidade faria bem ao dar um voto de confiança ao prefeito que acabou de eleger.

Primeiro, obviamente, porque ninguém ganha se a cidade não estiver indo bem, e depois porque a fragmentação política, o vácuo de lideranças, a falta de referências, a descrença crescente reservada aos governantes e a falta de renovação nos cargos eletivos têm exposto Nova Friburgo a enormes riscos, e são situações que não podem mais esperar para que comecem a ser revertidas.

Apoio necessário

Medidas como privilegiar a memória administrativa e dar preferência a servidores de carreira na composição dos primeiros escalões da equipe de governo há muito são aguardadas e só podem ser elogiadas.

Da mesma forma, a disposição para retomar alguns serviços terceirizados que há tempos acumulam suspeitas com relação aos valores investidos também precisa contar com apoio da população, pois irá mexer com interesses pesados, certamente dispostos a financiar campanhas de difamação.

Caminho certo

Atuando como vereador, Johnny acertou muito mais do que errou.

Existem sim arestas que podem e talvez precisem ser aparadas, mas o tempo joga a seu favor.

Se, ao longo dos próximos anos, o prefeito eleito preservar os princípios e mantiver a curva de aprendizado que marcaram sua passagem pelo Legislativo, então encontrará neste espaço mais elogios do que críticas.

Esperança

Assim como dissemos anteriormente a todos os prefeitos, o espaço está aberto para qualquer esclarecimento que se faça necessário à população, qualquer notícia de interesse público.

A única contrapartida que esperamos é a de um governo sério, comprometido com o interesse coletivo, que saiba lidar com denúncias ou críticas construtivas de maneira madura e producente.

Boa sorte, Johnny. O colunista torce por você.

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