Primeira sexta-feira de 13 de 2020 chega para dividir pontos de vista

Se para muitos é um dia com muita carga negativa, para outros é uma data especial, perfeita para importantes decisões
quinta-feira, 12 de março de 2020
por Jornal A Voz da Serra
Cena de
Cena de "Sexta-feira 13", ´cone dos filmes de terror (Reprodução da web)

A primeira sexta-feira 13 de 2020 chega em clima de muitos problemas: ameaça de coronavírus, estragos deixados pela temporada de chuvas, incertezas na economia e na política.

Mesmo para quem não é supersticioso, a data não passa de todo despercebida, já que é cercada de crendices. Popularmente, toda sexta-feira 13 é tida como um dia de negatividade, que traz presságio de infelicidade. Trata-se de uma data perdida no calendário para muita gente, que evita viajar ou até nem sai de casa para não dar chance ao azar. Além disso, decisões são adiadas e até mesmo escolher o que vestir pode virar um dilema.

A crença de azar nas sexta-feiras que caem num dia 13 é mais popular entre os povos cristãos, fazendo parte do cotidiano de muitos países.  Isto porque Jesus Cristo foi crucificado numa sexta-feira e, na sua última ceia, havia 13 pessoas à mesa, entre elas Judas Iscariotes, considerado um traidor.

Antes disso, porém, existem algumas versões que provêm de duas lendas da mitologia nórdica. Na primeira, conta-se que houve um banquete e 12 deuses foram convidados. Loki, espírito do mal e da discórdia, apareceu sem ser chamado e armou uma briga, que terminou na morte de Balder, o favorito dos deuses. Daí vem a crendice de que convidar 13 pessoas para um jantar é desgraça na certa.

Segundo outra lenda, a deusa do amor e da beleza era Friga (que deu origem a friadagr, “sexta-feira”). Quando as tribos nórdicas alemãs se converteram ao cristianismo, a lenda transformou Friga em bruxa. Como vingança, ela passou a se reunir todas as sextas-feiras com outras 12 bruxas, totalizando 13 pessoas. Juntas, ficavam rogando pragas aos humanos. Também na mitologia grega os deuses eram 12 e a chegada de mais um trazia disputas e discórdias.

Por isso há quem, mesmo sem crer na negatividade e no baixo-astral da data, tome alguns cuidados. Os gestos campeões neste dia são o ato de não passar debaixo de escadas e não usar roupas pretas nem marrons. Sobrou até para os gatos pretos, embora entidades de proteção dos animais alertem para a importância de se acolherem bichanos de todas as cores.

Em várias regiões do planeta, porém, o número 13 é sinônimo de bons fluidos. O argumento dos otimistas se baseia no fato de que o 13 é um número afim ao 4 (1 + 3 = 4), sendo este símbolo de prosperidade e sorte. Assim, na Índia o 13 é um número religioso muito apreciado; os pagodes hindus apresentam normalmente 13 estátuas de Buda. Na China, não raro os místicos dos templos são encabeçados pelo número 13. Também os mexicanos primitivos consideravam o número 13 como algo santo; adoravam, por exemplo, 13 cabras sagradas. Já para a civilização cristã nos Estados Unidos, o número 13 também é bem visto, pois totaliza os estados que inicialmente constituíam a federação norte-americana. Além disso, o lema latino da federação, E pluribus unum (de muitos se faz um só), consta de 13 letras; a águia norte-americana está revestida de 13 penas em cada asa.

Aqueles que acreditam na sorte da tão marcada sexta-feira 13 costumam aproveitar a data para espantar o azar, fazendo uma fezinha nos jogos e até mesmo simpatias. Muitos também escolhem o dia justamente também para tomar importantes decisões. Isso mostra que nem tudo ligado à data tem caráter negativo, dependendo do ponto de vista de cada um. Seja qual for o prisma, a 13 não deixa de ser uma sexta qualquer - o melhor dia da semana para quem folga no sábado.

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