Prefeitura ainda não apresentou plano para recuperação de rua em Amparo

Moradores do Loteamento Tiradentes enviaram ofício ao município pedindo explicações para demora no serviço
sexta-feira, 25 de setembro de 2020
por Guilherme Alt (guilherme@avozdaserra.com.br)
A cratera na estrada Velha de Amparo (Foto: Henrique Pinheiro)
A cratera na estrada Velha de Amparo (Foto: Henrique Pinheiro)

Há cerca de um mês, a Prefeitura de Nova Friburgo anunciou a tão desejada volta do serviço de baldeação de ônibus no Loteamento Tiradentes, no distrito de Amparo, suspenso desde que parte da Rua Jerônimo de Castro de Souza desmoronou com um temporal em dezembro de 2019. Na ocasião, o prefeito Renato Bravo também informou que a preparação do edital para as obras de recuperação da via seguiam em ritmo acelerado e que o município planejava o início das obras para setembro.

O conserto na altura da curva da morte ainda não foi iniciado. O fato motivou aos membros do Coletivo Vozes do Tiradentes a enviar uma carta para a prefeitura. No ofício, encaminhado diretamente ao prefeito, os moradores de Amparo lembraram que a localidade que sofreu severos danos: casas foram inundadas, inúmeros prejuízos, ruas danificadas e com paralelepípedos arrancados e bueiros entupidos.

O caso mais grave aconteceu no Loteamento Tiradentes, onde metade da Rua Jerônimo de Castro e Souza, na altura da curva da morte (principal acesso), desabou interrompendo a passagem dos ônibus que atendiam o loteamento e, até o momento, passados mais de 270 dias, com a aproximação do período das chuvas, esperança, medo, sofrimento e angústia persistem.

O prefeito de Nova Friburgo, Renato Bravo, esteve, no local, algumas semanas após o ocorrido, junto com uma equipe da Secretaria de Obras, e providenciou decreto que declarou situação de emergência nas áreas do município afetadas por chuvas intensas. Em tese, o decreto atenderia, exatamente, aos moradores de Amparo, com maior celeridade e eficiência, mas não foi o que se viu, diante das frequentes queixas.

Aos moradores, a prefeitura informou a construção de duas contenções: uma em muro gabião e outra em cortina atirantada, a serem executadas com verba do Governo Federal no valor já liberado de R$ 470.808,88 para setembro. A obra, no entanto, ainda não foi iniciada, e por isso, o ofício solicita que seja apresentado um cronograma que estabeleça os prazos de início e conclusão do processo de licitação; o de início e fim da execução das obras devidas como garantia de cumprimento, “ainda no exercício deste mandato ou com continuidade certa no próximo, das promessas feitas pelo poder público municipal à comunidade”.

“A situação está insustentável”, diz moradora

Sandra Carvalho mora no Loteamento Tiradentes e tem se desdobrado para driblar as adversidades que as chuvas de dezembro de 2019 impuseram a ela e o marido acidentado com um problema no braço e precisa fazer uma cirurgia. Sem carro, Sandra utiliza o serviço de baldeação toda vez que precisa sair do distrito. Segundo a moradora, ao definir a volta do serviço, ficou decidido que o transporte de baldeação ficaria por volta de três meses, prazo suficiente para que o município fizesse as obras de reparo na localidade.

“A situação está insustentável. Aqui tem muitos idosos que precisam andar um pedaço grande. Corremos atrás e a situação melhorou um pouco com o ônibus de baldeação, mas esse serviço só vai ficar por mais dois meses, que era a previsão para começar as obras na curva da morte, mas até o momento a prefeitura não deu uma satisfação. Se o prazo acabar e a rua não for consertada, vamos recomeçar a luta pela manutenção do serviço de baldeação”, alertou a moradora. “Essa situação afeta a vida de todo mundo. Daqui a pouco recomeça o período de chuva e acredito que nem a pé vamos conseguir passar por aqui. Pagamos nossos impostos em dia e não temos retorno”, reclamou Sandra.

Segundo o Coletivo Vozes do Tiradentes, foram feitas duas promessas pelo prefeito: a primeira, o retorno do serviço de baldeação. Cumprida, mas com atraso. A segunda, o lançamento do edital e anúncio das obras para setembro, que ainda não ocorreu. “Fomos informados que a minuta do edital se encontra na Procuradoria do Município para agendamento da licitação. O período das chuvas se aproxima. Poderemos ficar totalmente isolados se essa obra não sair do papel”, reforçou o Coletivo. A prefeitura informou que o processo está em fase final e a previsão é que a licitação seja marcada nos próximos dias.

 

LEIA MAIS

Na Via Expressa, uma mulher de 41 anos morreu após ter sido atropelada

Desde o último sábado entrou em vigor decreto que revoga atribuições da equipe

Levantamento foi feito para a Semana Nacional de Trânsito

Publicidade
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Publicidade
Publicidade
Publicidade

Apoie o jornalismo de qualidade

Há 79 anos A VOZ DA SERRA se dedica a buscar e entregar a seus leitores informações atualizadas e confiáveis, ajudando a escrever, dia após dia, a história de Nova Friburgo e região. Por sua alta credibilidade, incansável modernização e independência editorial, A VOZ DA SERRA consagrou-se como incontestável fonte de consulta para historiadores e pesquisadores do cotidiano de nossa cidade, tornando-se referência de jornalismo no interior fluminense, um dos veículos mais respeitados da Região Serrana e líder de mercado.

Assinando A VOZ DA SERRA, você não apenas tem acesso a conteúdo de qualidade, mantendo-se bem informado através de nossas páginas, site e mídias sociais, como ajuda a construir e dar continuidade a essa história.

Assine A Voz da Serra

TAGS: obra | Trânsito