A temporada de 2023 terminou com uma série de altos e baixos para o Friburguense. Obviamente, o clube termina com saldo negativo, por ter iniciado o ano na Série A2, ter caído para a terceira divisão e não ter conseguido o retorno imediato para a segundona. Contudo, se faz necessário colocar na balança todos os problemas extracampo, que interferiram diretamente no planejamento e no desempenho da equipe, principalmente no primeiro semestre.
Depois de uma campanha ruim na segunda divisão e a consequente queda, o Tricolor não teve muito tempo de preparação para encarar a difícil B1. Diante de times com poder de investimento bastante superior, à exemplo dos quatro semifinalistas - Duque, Serrano, Barra e Goytacaz - e outros que ainda ficaram atrás na tabela, a direção de futebol do clube conseguiu montar um elenco competitivo.
Jogadores jovens, como Barrozo e Ryan, tiveram o reforço de peças interessantes, como Caio Monteiro, Adenilson, Victor Hugo, Júlio César e Pedrinho, dentre outros. Há quem diga que este plantel não seria rebaixado na Série A2, opinião da qual este colunista compartilha.
Com seis vitórias, três empates e duas derrotas em 11 jogos, o Friburguense marcou 16 gols e sofreu 11. E este foi o detalhe que custou a classificação para as semifinais: um gol a mais já seria o suficiente. Não fosse este porém, o aproveitamento de 63,6% poderia ter garantido ao clube o direito de tentar o acesso.
A campanha começa com um empate já nos minutos finais, fora de casa, com o Barra da Tijuca – o Frizão tinha a vantagem no placar -, e continua com nova igualdade com o Goytacaz, no Eduardo Guinle. Jogos em que a sorte poderia ter sido diferente e decisiva para a classificação. Logo após, a campanha segue de maneira equilibrada, com derrota para o Serrano, triunfos contra São Gonçalo e Pérolas Negras, e a derrota para Duque, em casa.
Após o empate com o Nova Cidade, o Friburguense emplaca quatro vitórias consecutivas até o fim, contra Paduano, Macaé, 7 de Abril e Serra Macaense. Uma bola na rede a mais nessa sequência vitoriosa asseguraria a vaga.
Como a classificação não veio, o elenco deste segundo semestre é naturalmente desmontado. Vários jogadores já postaram, em redes sociais, mensagens de agradecimento ao clube. Sem compromissos oficiais, o futebol profissional do Friburguense deverá parar por cerca de nove meses. E, após um longo hiato, voltará novamente remodelado para tentar retornar à Série A2 em 2025.
Campanha do Frizão
- Barra da Tijuca 2 x 2 Friburguense, Moça Bonita
- Friburguense 1 x 1 Goytacaz, Eduardo Guinle
- Serrano 2 x 0 Friburguense, Atílio Marotti
- Friburguense 1 x 0 São Gonçalo, Eduardo Guinle
- Pérolas Negras 1 x 2 Friburguense, Trabalhador
- Friburguense 0 x 1 Duque de Caxias, Eduardo Guinle
- Nova Cidade 1 x 1 Friburguense, Joaquim Flores
- Friburguense 1 x 0 Paduano, Eduardo Guinle
- Macaé Esporte 3 x 4 Friburguense, Antônio Medeiros
- Friburguense 3 x 0 7 de Abril, Eduardo Guinle
- Serra Macaense 0 x 1 Friburguense, Antonio Medeiros
Números do Friburguense
- Jogos: 11
- Vitórias: 6
- Empates: 3
- Derrotas: 2
- Gols marcados: 16
- Gols sofridos: 11
- Saldo: 5
- Aproveitamento: 63,6%
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