PF deflagra Operação Recupera para combater fraudes contra o INSS

Estima-se que grupo criminoso formado por funcionários e ex-funcionários da Caixa tenha causado cerca de R$ 3 milhões de prejuízo aos cofres públicos
quarta-feira, 13 de agosto de 2025
por Jornal A Voz da Serra
(Foto: Marcello Casal Jr. Agência Brasil)
(Foto: Marcello Casal Jr. Agência Brasil)

Nesta quarta-feira, 13, a Polícia Federal deflagrou a Operação Recupera com o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada em fraudes contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). 

Na ação, que contou com o apoio do Ministério Público Federal e da Caixa, Econômica Federal, policiais federais cumprem seis mandados de busca e apreensão, além de medidas de bloqueio e indisponibilidade de bens e ativos no valor estimado de R$ 3 milhões. As ordens judiciais foram expedidas pela Justiça Federal e foram cumpridos, no Estado do Rio de Janeiro, em dois bairros da zona norte da capital e nos municípios de Itaboraí e Nilópolis e também no Estado de em Santa Catarina.

A investigação apontou que as fraudes começaram em 2018, com a concessão indevida de benefícios assistenciais e previdenciários por meio da inserção de dados falsos nos sistemas informatizados da Caixa. As infrações eram conduzidas por funcionários e ex-funcionários do banco, que se valiam de seus acessos para viabilizar as fraudes.

Segundo as investigações da PF, quatro ex-servidores da instituição realizaram comprovações de vida fraudulentas de pessoas fictícias ou já falecidas, emitiram segundas vias de cartões de beneficiários inexistentes e autorizaram pagamentos irregulares. Além disso, utilizaram documentos adulterados para habilitar benefícios e atuaram de forma sincronizada na inserção de dados falsos no sistema informatizado.

Diante dos fatos, a Caixa instaurou procedimento disciplinar que resultou na demissão dos envolvidos e na identificação de condutas ilícitas articuladas entre os autores, que já possuíam antecedentes por faltas disciplinares semelhantes relacionadas à concessão indevida de benefícios. Mesmo após a demissão, em 2022, os suspeitos deram continuidade ao esquema, delegando a terceiros o saque mensal de ao menos 17 benefícios fraudulentos ainda ativos.

Os investigados poderão responder pela prática dos crimes de organização criminosa e peculato eletrônico. As investigações prosseguem com o objetivo de identificar demais envolvidos, desarticular o esquema criminoso e recuperar os ativos desviados.

 

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