Com a proximidade das celebrações da Páscoa, o Procon RJ realizou uma pesquisa comparativa de preços, com objetivo de oferecer ao consumidor uma referência dos valores praticados pelas lojas online. Foi constatada uma variação de preços de até 147,67% entre os produtos mais comercializados neste período.
Foram pesquisados 22 produtos em cinco lojas online: Amazon, Americanas, Carrefour, Magalu e Submarino. No levantamento, realizado no último dia 22, os agentes identificaram diversas variações de preços para o mesmo produto em diferentes sites.
Entre os produtos com as maiores diferenças de preço estão a caixa de bombom Lacta 250.6 gramas, em que o menor preço encontrado foi R$ 10,09 e o maior, de R$ 24,99, uma diferença 147,67%; o ovo de Páscoa Alpino 337g, registrou diferença de até 112,29%, pois o menor preço encontrado foi R$ 52,90 e o maior, R$ 112,30 e o ovo Barbie 166g, cujo menor preço foi R$ 65,99 contra R$ 129,53, uma diferença de 96,29%.
Já o ovo de Páscoa Bis ao leite 318g, variou de R$ 51,99 a R$ 98,90, uma diferença 90,23%; enquanto o ovo Garoto Crocante 215g variou, nesta pesquisa, entre R$ 42,98 e R$ 78,99, uma diferença de 83,78%. O ovo de Páscoa Hot Wheels 166g, por sua vez, foi encontrado de R$ 65,99 a R$ 112,80. uma diferença de 70,93%.
“A pesquisa demonstrou que há variações significativas de preços para os produtos de Páscoa em diferentes lojas, o que evidencia a importância de o consumidor realizar uma pesquisa prévia para encontrar o melhor preço e as melhores condições de compra”, explica Igor Costa, diretor executivo do Procon.
Cuidados na hora da compra
Além de recomendar a pesquisa de preços, o Procon RJ alerta sobre a necessidade de o consumidor verificar a qualidade dos produtos, principalmente a data de validade, a procedência e o estado de conservação da embalagem. Informações nutricionais precisam estar discriminadas no rótulo.
Em relação às compras online, é importante verificar o histórico da loja, salvar todos os dados da compra online, como o nome do site, os produtos pedidos, o valor pago, a forma de pagamento e o número de protocolo da compra ou do pedido, se houver. Caso use o cartão, verificar se há cadeado ou uma chave no canto da tela, indicando que a transação é segura.
Para as compras tradicionais, nos estabelecimentos físicos, a orientação é verificar se ovos de chocolate, bombons e chocolates em geral estão armazenados de acordo com as orientações do fabricante. É importante que estejam disponibilizados em locais arejados, mas sem incidência de luz solar e longe de produtos de limpeza ou com intenso odor.
Alimentos com aumento de até 43% em um ano
Os alimentos consumidos tradicionalmente na celebração estão mais caros no Estado do Rio de Janeiro. De acordo com levantamento feito pela Universidade Veiga de Almeida, com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do IBGE, a inflação de alguns alimentos superou – e muito – o índice geral de inflação acumulado nos últimos 12 meses no país, que subiu 5,60%.
No Rio de Janeiro, as maiores altas no último ano foram registradas em itens como cebola (+43,10%), batata-inglesa (+20,45%), chocolate e achocolatado em pó (+18,82%) e o tão desejado bacalhau (+15,94%). Outras categorias de alimentos típicos da Páscoa, como chocolates em barra e bombons, vinho, azeite e pescados, registraram altas de 12,13%, 10,88%, 9,03% e 6,38%, respectivamente.
“Apesar de o câmbio refletir parcialmente a pressão sobre os preços, já que produtos importantes da cesta de Páscoa são importados, como bacalhau e vinho, há adicionalmente o fenômeno da inflação sazonal neste período de Páscoa. Ou seja, a demanda por produtos que compõem os pratos da ceia, como batata, cebola e tomate, tende a subir devido a maior procura nesta época. Este mesmo fenômeno da inflação sazonal afeta o chocolate, por exemplo, tão buscado nesta época”, explica Durval Meirelles, professor de Economia da universidade.
Na contramão da inflação, poucos itens tiveram queda no preço no acumulado dos últimos 12 meses, como cenoura (-19,53%), tomate (-2,86%), açúcar refinado (-1,96%) e alho (-1,27%). (Fontes: Procon Carioca e Diário do Rio)
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