O que leva uma pessoa a ajudar um completo desconhecido, do outro lado do país, do outro lado do mundo? O que leva uma pessoa a se comover com a história do outro? Por instinto, generosidade, empatia, solidariedade, é próprio da natureza humana.
O que está comprovado é que pequenos gestos podem provocar grandes mudanças. Pesquisas apontam que o nosso país abriga um povo genuinamente solidário, que três em cada quatro brasileiros acham importante fazer a sua parte por uma sociedade melhor.
O pobre, em particular, tende a ser mais solidário, talvez por saber exatamente o que sente o outro. Ele sabe porque vive em condição de vulnerabilidade social tanto quanto o seu irmão de infortúnio. Com ou sem pandemia, entre tantas outras circunstâncias adversas.
Em grupos ou individualmente, já no início da pandemia, as pessoas não recuaram diante do perigo que o novo coronavírus representava. E ainda representa. O desemparo de incontáveis famílias, sem emprego e sem comida, além da total falta de condições sanitárias de se protegerem da doença que vinha, e vem ceifando centenas de vidas, diariamente, falou mais alto que o risco da contaminação: milhares de pessoas, em todo o país, se mobilizaram para ajudar essas famílias, muitas delas vivendo em situação de rua.
Questionam muito se o brasileiro será mais solidário no pós-pandemia. Penso que sim, pois esta é uma característica que sempre moveu nosso povo. A cobertura realizada pela mídia, como A VOZ DA SERRA, desde o início da pandemia, destacando a atuação das organizações e coletivos entre os grupos vulneráveis, foi um dos fatores que pesaram para estabelecer uma maior confiança entre a população e as instituições.
Encontre uma causa e lute por ela
Se você pretende dar um passo no sentido de ajudar pessoas que você não conhece, agora ou depois de depois da pandemia, comece refletindo: por qual causa quero batalhar? Quais temas são importantes para mim? O que gostaria de poder transformar?
Você pode, por exemplo, ser mais sensível à causa da criança e do adolescente ou, ainda, à proteção das pessoas idosas. Se a sua causa for o fim da fome, procure na internet organizações que trabalham com o tema e faça uma pesquisa para conhecer sua idoneidade. Se tiver interesse na área da saúde, procure uma instituição que leve orientação e atendimento a comunidades vulneráveis. Se preferir, existem, ainda, muitos grupos que cuidam da causa animal ou ambiental.
Vale a pena conhecer, por exemplo, o Mães da Favela, que atende mães solo que residem em favelas em 17 estados e no Distrito Federal e que foram atingidas pelos efeitos do coronavírus; Apoie Paraisópolis, ação realizada pelo G10 Favelas para identificar casos da doença e apoiar moradores carentes da comunidade de Paraisópolis, em São Paulo; Ação Cidadania, que distribui alimentos a populações em risco. Entre outras, em quaquer lugar do Brasil ou do mundo.
Assim que encontrar um projeto que goste, você pode se voluntariar, reservando parte do seu tempo para se dedicar a alguma atividade, ou fazer doação em dinheiro. Ainda que este seja um momento de crise, é importante saber que qualquer valor representa uma enorme diferença para projetos sociais que tentam se manter e cuidar de seus beneficiários.
Aqui, em Nova Friburgo, não faltam entidades que precisam de ajuda, assim como outras tantas — além de grupos formados por voluntários — que prestam assistência permanente a diferentes comunidades vulneráveis. Procure saber. Um simples gesto pode salvar uma vida!
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