“De uma barrica se fez uma cuíca / De outra barrica um surdo de marcação / Com reco-reco, pandeiro e tamborim / E lindas baianas / O samba ficou assim…. / Bum bum paticumbum prugurundum / O nosso samba minha gente é isso aí / Bum bum paticumbum prugurundum / Contagiando a Marquês de Sapucaí!
Foi com esse “prugurundum”, um dos mais belos sambas-enredo de todos os tempos, que a Império Serrano, do Rio, foi campeã em 1982. E todo o ano, quando chega o carnaval, não há quem não se lembre daquele desfile memorável, entre tantos outros, explodindo corações, lá no Rio e aqui também, em Friburgo, com a Imperatriz de Olaria, a campeã naquele mesmo ano com o samba-enredo “O poder da cura na ciência da vida”, na nossa Sapucaí / Avenida Alberto Braune.
Essas lembranças são um aperitivo para entrar no clima da maior festa popular do planeta. Por aqui, como em todo o Brasil, a bateria dita o ritmo da alegria e da batida dos nossos corações foliões: durante cinco dias, quem quer saber dos perrengues da vida? É tempo de viver como se não houvesse amanhã, se divertir e ser feliz.
Blocos de rua formados por amigos e familiares se espalham pela cidade, entregues à diversão, aos encontros, desencontros, na mais perfeita tradução do que há de melhor no carnaval: a espontaneidade. Esse é o espírito. A criatividade das fantasias, dos adereços, acessórios, maquiagem, também pode ser conferida nas brincadeiras e nas letras das marchinhas de ocasião, satirizando políticos, celebridades e personagens da hora.
Marchinhas antigas também não faltam e algumas são adaptadas para situações do cotidiano e suas mazelas. Nada escapa do olhar crítico do brasileiro, do seu senso de humor, da capacidade de fazer troça com tudo, principalmente com as autoridades de plantão.
Bom carnaval para todos e atenção: Se beber, não dirija!
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