O enorme número de pré-candidatos em Nova Friburgo no atual ciclo eleitoral representa um grande desafio para a imprensa em sua missão de dar visibilidade e voz a todas as opções, de modo a ajudar a população a fazer sua escolha de maneira mais qualificada e embasada, observa a coluna do Massimo desta sexta-feira, 11.
A coluna se esforçou por fazer um apanhado das próximas convenções, antecipando, quando possível, as tendências para as respectivas deliberações.
Ainda nesta sexta, o PSD deve confirmar a pré-candidatura de Juvenal Condack.
Já no sábado, 12, o PRTB deve confirmar a pré-candidatura de André Montechiari, enquanto PSC, PL e PSDB devem confirmar pré-candidatura e apoio a Sérgio Louback.
No mesmo dia o Podemos também realizará sua convenção, mas por lá o cenário parece um pouco mais aberto. Existe a possibilidade do partido confirmar a pré-candidatura de Adriano Pequeno, ou de deixar a ata em aberto, uma vez que não parece descartada a possibilidade de que o partido venha a apoiar a candidatura de outra sigla.
Já no domingo, 13, Patriota e PSL devem indicar e apoiar a pré-candidatura de Danielle Bessa.
No dia seguinte será a vez do PT realizar sua convenção. Em relação a ela, a expectativa manifestada por diversas fontes consultadas pela coluna é em torno da confirmação da pré-candidatura de SÍlvia Klein Faltz, da associação de moradores de Lumiar, ainda que a possibilidade de apoio a uma pré-candidatura externa não esteja completamente descartada.
Em seguida, no dia 15, o PV deve confirmar a pré-candidatura de Cacau Rezende, enquanto Psol e PCB devem confirmar pré-candidatura e apoio a Cláudio Damião.
Também no dia 15, PP e MDB realizam suas convenções, e aí o cenário é mais difícil de antecipar. O plano original obviamente seria a tentativa de reeleição do prefeito Renato Bravo, mas ainda não está claro o tamanho do impacto que a reprovação das contas de 2018 terá sobre essas ambições.
Calma que tem mais
No dia 16, Pros e PTB (com a possibilidade de ainda um terceiro partido) devem confirmar pré-candidatura e apoio ao vereador Luis Fernando.
Também no dia 16, PDT e PSB devem formalizar pré-candidatura e apoio a Wanderson Nogueira.
E, ainda no mesmo dia, Cidadania, DEM e Solidariedade devem confirmar pré-candidatura e apoio a Alexandre Cruz.
Perderam as contas? Massimo ajuda.
Lembrando que as pré-candidaturas de Arthur Mattar, Hugo Moreno e Johnny Maycon já foram confirmadas por seus respectivos partidos, podemos chegar ao fim da próxima semana com 13, 14 ou 15 pré-candidaturas confirmadas, a depender dos posicionamentos de Podemos e PT.
E esse número ainda tem espaço para aumentar.
Aos partidos que não foram citados, fica mais uma vez o convite para que enviem suas informações.
Comentários do colunista
Naturalmente, a variedade de opções não seria um problema se todos estivessem empenhados em manter a qualidade dos debates, e os eleitores estivessem dispostos a (ou com tempo para) aprofundar a pesquisa em torno de cada plano de governo.
Infelizmente, sabemos que não é o caso.
Ao contrário, parece cada vez mais evidente que tem muita gente apostando em atalhos reducionistas para a conquista de votos, tirando proveito da simplificação típica de momentos de maior polarização.
Para estes, a construção de personagens tão estereotipados quanto fictícios parece ser a melhor aposta em meio ao caos, à desinformação e ao vácuo de lideranças, sobretudo apelando para a federalização do pleito municipal.
De repente, parece que apoiar ou rejeitar o presidente da República se tornou mais importante do que apresentar planos concretos e soluções viáveis para nosso futuro no médio prazo.
A coluna, contudo, parte do princípio que quem ainda lê jornais conserva algum respeito pela própria opinião, e busca se informar antes de se convencer sobre o que quer que seja.
Pois bem, a quem ainda conserva a lucidez em meio a tantas reações sentimentais cuidadosamente antecipadas e induzidas, não custa lembrar que quem subestima a população durante a campanha fatalmente o fará durante o exercício do mandato.
O teor da campanha, tanto quanto seu conteúdo, sinaliza o que vem pela frente.
Cabe, portanto, a cada um responder o que deseja.
Frases feitas e vazias, poses estudadas, posicionamentos sobre temas polarizadores e de âmbito alheio ao municipal?
Ir às redes sociais cantar cegamente a vitória no “nós contra eles” enquanto outros festejam o sucesso da estratégia de convencimento livre de compromissos?
Ou alguém ainda cobra propostas, compromissos e a devida transparência quanto à composição dos respectivos grupos?
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