Mundo da luta se adapta aos protocolos de segurança e prevenção

Grupos menores e higienização constante são algumas das estratégias adotadas por academias
quarta-feira, 22 de setembro de 2021
por Vinicius Gastin
 Artes marciais se adaptam ao momento de pandemia para a realização das aulas
Artes marciais se adaptam ao momento de pandemia para a realização das aulas

       A pandemia é um desafio para os mais variados setores. Para a humanidade de uma forma geral. E no mundo da luta, o equilíbrio entre a prevenção e os benefícios da prática esportiva – até mesmo no processo preventivo à Covid-19, melhorando os índices de saúde – encontra um norte. Embora os impactos econômicos sejam realidade, e tenham ocasionado o fechamento de várias academias.

        Mesmo a Júnior Santos Association Brazilian Jiu Jítsu, a mais antiga da modalidade em Nova Friburgo, com 21 anos de história, enfrentou essas dificuldades. “Várias academias de artes marciais fecharam as portas por causa da pandemia, quando se é proprietário de um imóvel no qual você trabalha fica "menos dificil", porém nem sempre é assim. Permanecemos firme, de portas abertas em Mury, com a direção do professor Alan Santos”, conta o mestre Júnior Santos, faixa preta 5° grau e responsável por grandes eventos, à exemplo da Liga Serra Mar de Jiu Jítsu e do Open Lumiar.

        Ele explica que todo o protocolo da academia foi alterado para continuar recebendo os alunos com segurança. O número das aulas por semana diminuiu, bem como o tempo da aula. Atualmente o trabalho é realizado com pequenos grupos de, no máximo, seis pessoas. Há também a opção de particulares, nas quais todos são obrigados a fazer a utilização da máscara durante o treino, trocando-as duas ou três vezes durante a aula.

“Nós, por exemplo, não aceitamos alunos que não se  vacinaram e utilizamos o álcool 70° várias vezes. Sabemos que vivemos uma situação atípica e muito séria, temos total respeito com a sociedade e com as vidas que infelizmente foram perdidas, mas também sabemos que é super necessário manter a saúde física e mental. Nossa cidade é um grande celeiro de campeões e para que isso continue acontecendo precisamos nos manter ativos e unidos”, ressalta.

        “Nosso dojô é frequentemente higienizado. Não se trata de preconceito ou algo assim, e sim, de total respeito a todos. Temos alunos que são casados e possuem filhos pequenos ou que residem com pessoas idosas, então tomamos todos os cuidados possíveis. Nosso objetivo com esse novo protocolo é que o trabalho continue sendo feito, mesmo que seja pouco a pouco,” finaliza.

        Atualmente, Júnior Santos reside fora do país, e acompanha as diferenças entre leis, regras e protocolos a serem seguidos. Nos Emirados Árabes as leis eram bem restritivas. Na Suíça, 50% da população foi vacinada. A metade que ainda não foi imunizada não pode frequentar teatro, restaurante e cinema, entre outros ambientes compartilhados. “Sou totalmente de acordo, pois somente dessa forma as outras pessoas irão se vacinar. As regras são uma particularidade de cada país.”

        O médico cardiologista, dr. Alexandre Cruz, de 48 anos, é praticante de jiu-jítsu. Ele destaca os vários benefícios proporcionados pela atividade física. “Ela combate o excesso de peso, ajuda a melhorar a pressão arterial e circulação sanguínea, fortalece o sistema imunológico, ajuda a controlar a glicemia, fortalece ossos e articulações, aumenta força e resistência física, diminui o estresse, aumenta a disposição. Também combate ansiedade e depressão, fortalece o sistema imunológico, aumenta a sensação de bem estar e melhora o sistema cardio-pulmonar. O importante é seguir a regras de proteção e segurança contra a Covid-19”, diz.

        “O jiu-jítsu aumenta a autoestima, tira a ansiedade. Os treinos nos levam a um caminho saudável, prestamos mais atenção na boa alimentação, melhora a concentração para as tarefas do dia a dia. A junção de treinos aliada a uma boa alimentação ajuda a manter uma boa imunidade. A variação de golpes faz com que possamos evoluir a cada dia, com isso colocamos a memória para funcionar, a cada treino aprendemos uma nova variação, ou seja, uma nova posição, o que ajuda a manter a boa memória. Todos deveriam treinar”, afirma o administrador de empresas Márcio Iezzi da Silveira, de 53 anos.

        Também praticante, o engenheiro Paulo Lessa, de 31 anos, destaca o equilíbrio físico e mental proporcionado pela atividade física. "Treinar em época de pandemia se tornou algo difícil, devido a todos os cuidados e prevenções. Porém, ainda mais essencial, pois nunca precisamos tanto aumentar a nossa imunidade, cuidar do corpo e da mente. Nada melhor do que o jiu jítsu que treina e aprimora as duas partes em uma única arte marcial”, observa.

 

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