Shanatova umetuka. É assim que os judeus desejam um ano bom e doce. No dia 6 de setembro começa, para o povo judaico, o ano 5.782, contado a partir da "criação dos primeiros seres humanos", Adão e Eva.
Análise, julgamento e reflexão. São essas palavras que guiam o começo de um novo ano para os judeus. O rabino Sany, líder da religião em São Paulo, explica que é um momento em que Deus está nos observando e é hora também de pensar em como aperfeiçoar nossos erros.
Com tantas culturas diferentes no mundo, o rabino destaca que respeitar a diversidade e compartilhar os espaços em harmonia é o que prega o povo judaico. Para ele, a convivência pacífica com todos os povos é o que Deus espera de nós, sendo também o que une a humanidade.
Importante mencionar que o calendário judaico segue os ciclos da lua. Hoje em dia, existem cerca de 40 calendários em uso no mundo, que podem ser classificados em solares, lunares e lunisolares. Aqui no Brasil, por exemplo, seguimos o calendário cristão, o solar, ou seja, baseado no movimento da Terra em torno do Sol.
Ao contrário das festividades convencionais de fim de ano, esse é um momento de meditação, reflexão, balanço dos acontecimentos no período e esperança de um novo ciclo com renovação e boas vibrações. A celebração tem duração de dez dias.
As celebrações são feitas em família, com refeições especiais, normalmente acompanhadas de maçã e mel. A mesa preparada para a festa está cheia de simbologias, com velas para iluminar a chegada do ano novo, um cálice de prata, frutas, pães redondos que representam o ciclo da vida, entre outros.
Deixe o seu comentário