História do Jazz Dance

sexta-feira, 29 de abril de 2022
por Jornal A Voz da Serra
Fotos: Unsplash
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“Na sua origem a história do Jazz Dance tem raízes essencialmente populares. Com uma evolução inicial paralela à da música, que surgiu nos territórios americanos a partir do século 18, podemos afirmar fielmente que nasceu diretamente da cultura negra. No início, nas viagens dos navios negreiros da África para os Estados Unidos, os negros que não morriam de doenças eram obrigados a dançar para manterem a saúde.

As danças tradicionais dos senhores brancos eram as polcas, as valsas e as quadrilhas, que os negros imitavam para ridicularizá-los, mas dançavam de acordo com a visão que tinham da cultura européia e misturando um pouco com as danças que conheciam, utilizando instrumentos de sua cultura. Dessa forma, surgiu a dança jazz, que era uma mistura da imitação dos ritmos europeus com os costumes naturais dos negros.

Em 1740, os tambores foram proibidos no sul dos Estados Unidos para evitar revoltas dos negros. Assim, para executar suas danças, eles foram obrigados a improvisar com outras formas de som, como palmas, sapateados e o banjo. Mais uma vez, a dança dos negros dava um salto, aproximando ainda mais com o Jazz que conhecemos atualmente.

Outros fatores também contribuíram para o crescimento e história do gênero como estilo da dança. Entre eles destacam-se sua saída da África e aceitação pelo povo americano, a Primeira Guerra Mundial e a consequente mobilização de importantes setores da sociedade que provocaram êxodos de músicos e bailarinos de jazz das cidades industriais do norte, como por exemplo, Chicago e Nova York.  Na época, os negros que foram recrutados para o exército levaram para a França seus ritmos e danças, o que provocou nos anos 1920 certo furor pela música e pela dança americanas.

Neste período, o jazz entrou nos clubes e nos teatros americanos que sofriam uma carência de números com coreografias e improvisações dos intérpretes. A dança negra começou a adaptar-se às características técnicas conhecidas, derivadas dos bailes africanos (já modificadas pelos brancos), caracterizando o jazz como uma dança que usa o isolamento de partes do corpo que se movem separadamente seguindo o mesmo ritmo — swing; movimentos rítmicos sincopados. 

A década seguinte já foi marcada pela busca das raízes verdadeiras de um povo escravizado que conseguiu transformar uma rica bagagem cultural pouco conhecida em dança negra. Um nome marcante desta fase é o do africano Asadata Dafora (1890-1965): na década de 30 firmou-se como um coreógrafo de dança moderna africana, infuenciando bailarinos e coreógrafos que passaram a estudar dança africana mais profundamente como uma influência da configuração da dança negra em outros lugares da América.

O jazz tem certas características marcantes, que incluem o isolamento, a explosão de energia que se irradia dos quadris e um ritmo pulsante que dá o balanço certo e a qualidade do movimento. O Modern Jazz Dance, Soul Jazz, Rock Jazz, Disco Jazz, Free Style e Jazz, são algumas das designações que hoje em dia vão sendo utilizadas para denominar os numerosos aspectos de que se reveste esta forma de expressão artística. Entretanto, as diferentes técnicas do jazz, tem demonstrado que muitos princípios foram também herdados do ballet clássico e da dança moderna.”

(Texto original: https://estudiofiorire.com/jazz-dance/)

 

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