Neste sábado,8, o Hemocentro Regional Enfermeira Cássia Viviane Kale Martins, que funciona anexo ao Hospital Municipal Raul Sertã, vai realizar o primeiro mutirão de doação de sangue deste ano. A ação especial acontecerá das 8h às 12h e tem como objetivo aumentar os estoques de sangue, especialmente neste período em que a demanda por transfusões tende aumentar com o período de carnaval. Por conta da festividade aliada ao grande número de pessoas que costumam viajar nesse período, costuma haver o afastamento dos doadores dos postos de coleta.
Qual a importância da doação de sangue
A doação de sangue e seu processamento são fundamentais para garantir a disponibilização de componentes sanguíneos para os pacientes que necessitam de transfusão, como vítimas de acidentes, que necessitam de cirurgias ou outras situações clínicas. Se cada cidadão saudável doasse sangue pelo menos duas vezes por ano, não seriam necessárias campanhas emergenciais para coletas de reposição de estoques. O sangue não tem substituto e, por isso, a doação voluntária é fundamental. Uma simples doação pode salvar muitas vidas. Toda pessoa em boas condições de saúde pode doar sangue sem qualquer risco ou prejuízo à sua saúde.
Requisitos para doar
A doação de sangue é um gesto voluntário e repleto de solidariedade, entretanto, ele não pode ser realizado por todas as pessoas, havendo alguns requisitos que devem ser obedecidos. De acordo com o Ministério da Saúde, são requisitos para doação de sangue:
Estar em boas condições de saúde;
Apresentar documento oficial de identidade com foto;
Ter idade entre 16 e 69 anos, sendo que os candidatos a doadores com menos de 18 anos deverão estar acompanhados pelos pais ou por responsável legal;
Pesar no mínimo 50 quilos com desconto de vestimentas;
Não estar em jejum e evitar alimentação gordurosa;
Ter dormido pelo menos seis horas nas últimas 24 horas;
Não ter ingerido bebidas alcoólicas nas 12 horas anteriores à doação;
Não fumar pelo menos duas horas antes da doação;
Recomenda-se reforço na hidratação.
O limite de idade para a primeira doação é de 60 anos;
Se trabalha no período noturno, compareça após seu horário diurno de trabalho.
Triagem de doadores de sangue
Antes do sangue ser disponibilizado para um receptor, é realizada uma triagem do doador. A triagem é feita em três etapas que incluem registro, entrevista e também a realização de exames específicos.
Etapa 1 - Registro do doador: O doador é cadastrado e é feita sua identificação com o registro de algumas informações básicas, tais como nome, sexo, idade, profissão e endereço. Nessa etapa, o candidato apresenta documento emitido por órgão oficial com fotografia.
Etapa 2 - Triagem clínica: Nessa etapa, são analisados critérios, como peso, temperatura, pressão arterial, entre outros. Também é feita uma entrevista, que é completamente sigilosa e visa a identificar, por exemplo, situações em que o sangue do doador possa ter sido contaminado.
Etapa 3 - Triagem sorológica: Nessa etapa, são feitos testes laboratoriais para verificar se o sangue está em condições de ser usado.
Quanto tempo dura a doação
O procedimento de doação de sangue é relativamente rápido. Desde o cadastro e triagem clínica até a coleta de sangue, o processo dura em média 40 minutos, ou seja, menos de uma hora. No entanto, embora o procedimento não demore, isso não significa que algumas precauções não devam ser tomadas. Veja, algumas recomendações após a doação de sangue:
Faça um pequeno lanche após o procedimento;
Não realize grandes esforços físicos pelo menos nas 12 horas seguintes à doação;
Após a doação, aumente a ingestão de líquidos e evite bebidas alcoólicas por um período de 12 horas;
Nas duas horas após o procedimento, procure não fumar;
Espere pelo menos quatro horas para retirar o curativo do local da punção.
Quem não pode doar
Algumas pessoas possuem restrições que impedem a doação de sangue, portanto, é importante consultar a unidade onde será feita a doação. Segundo o Ministério da Saúde, existem alguns impedimentos que são temporários e outros que impedem definitivamente a doação.
Segundo dados da Anvisa, entre as principais causas identificadas que levam à inaptidão do doador estão anemia (14%), comportamento de risco para infecções sexualmente transmissíveis (13%), hipertensão (5%), hipotensão (2%), malária (1%), alcoolismo (0,5%) e uso de outras drogas (0,5%).
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