Em tempos de pandemia, famílias, empresas e quaisquer estabelecimentos estão se adaptando para cumprir os protocolos de segurança e reduzir os riscos de contágio pela Covid-19. No mundo do futebol não é diferente, e no caso do Friburguense, os atletas do Sub-20 estão respeitando uma série de medidas adotadas, em consentimento com o Jogo Seguro, protocolo criado pela Federação de Futebol do Rio de Janeiro para a retomada das atividades profissionais no Estado.
"Basicamente, nós estamos seguindo o mesmo protocolo do profissional, o chamado Jogo Seguro. Houve casos mínimos, com basicamente duas rodadas e as finais do Estadual. O importante é que temos a possibilidade de seguir tudo o que é determinado até o final. Testamos todos os atletas, comissão técnica e funcionários ligados ao futebol, através de uma parceria com a Acianf. Foram 35 exames, feitos três dias antes da apresentação. Fizemos o teste rápido, o do cotonete, além do que tem sido feito pela Federação, com ótimos resultados", explica o gerente de futebol José Siqueira, o Siqueirinha.
Os cuidados adotados pelo Friburguense começam na chácara onde os jogadores ficam alojados, passam pelo caminho percorrido pelos atletas até o Eduardo Guinle e prosseguem na hora das refeições e dos treinos.
"Seguindo os protocolos, temos uma chácara perto do clube, onde alocamos todos os atletas. Os treinos estão acontecendo de forma integral, até porque o campeonato começa em pouco tempo. As pessoas que se relacionam com eles, na questão da cozinha, limpeza e outros departamentos estavam nesse ambiente de testes. Então, a chance de contaminação onde só há casos negativos é praticamente zero", garante o dirigente.
No caso do estádio tricolor, apenas jogadores e comissão técnica possuem acesso aos treinamentos. O clube disponibilizou quatro vestiários, dividindo os 28 jogadores em grupos de sete por cada um deles. Em cada uma das entradas há um ponto de hidratação e um dispenser com álcool em gel. Os jogadores já chegam ao estádio uniformizados.
"Em relação ao Eduardo Guinle, estamos usando quatro vestiários, dividindo os jogadores em grupos de sete. Eles já chegam uniformizados, pois a roupa é entregue a cada um, fazendo com que o contato no vestiário seja mínimo. Dividimos também a forma de hidratação em quatro áreas, e cada atleta tem a sua squeeze. Fora a questão básica do álcool em gel em todas as entradas, são disponibilizados sabonetes no vestiário e nos lavatórios. Tem funcionado muito bem. A chance de contaminação existe, mas fazendo dessa forma, ela é muito remota", acredita Siqueirinha.
Os cuidados com o dia a dia se estendem ao ritmo de competição, que será intenso, com jogos às quartas-feiras e sábados durante os próximos quase três meses. Os testes serão constantes, sendo praticamente semanais, e os resultados vão definir os atletas que poderão estar em campo nos dois jogos daquela semana. Todos esses procedimentos são acompanhados de perto pela direção tricolor, relatados e enviados para a Federação de Futebol do Rio (Ferj).
"No caso dos jogos, teremos que testar novamente os jogadores. Como os jogos são às quartas e sábados, provavelmente haverá um teste um dia antes de cada partida de quarta-feira, valendo também para a do sábado. Temos que pegar o resultado e mandar o relatório para a Federação. É algo precisa ser seguido, embora seja muito caro. Agradecemos nesse primeiro momento aos pais dos atletas, pois colocamos que, para haver uma retomada, neste primeiro momento, deveria ter uma colaboração em relação a esses testes", completa Siqueira.
Grupo mantido
Em reta final de preparação para a retomada do Campeonato Carioca Sub-20, o Friburguense terá mais cinco dias de atividades antes de receber o América na próxima quarta-feira, 9, às 15h, no Eduardo Guinle. O grupo de atletas vem trabalhando há algumas semanas em Nova Friburgo, e uma vantagem é a manutenção do grupo que iniciou a competição diante do Flamengo.
De acordo com Siqueirinha, o plantel conta com 28 jogadores e 35 pessoas no total. Até pelas restrições impostas pela pandemia, o Frizão não promoverá testes ou observações de novos atletas este ano, tampouco terá a oportunidade de promover destaques de categorias inferiores ao Sub-20.
"Conseguimos manter os 28 jogadores que já estavam com a gente desde o início da competição. O protocolo exige um número limite de jogadores. Se alguém quisesse fazer parte do Friburguense, através de um teste, por exemplo, eu teria que tirar alguém dessa relação. É o que pede esse protocolo: manter as 35 pessoas que aqui estão do primeiro ao último momento. Só em caso de uma lesão ou testagem positiva nós podemos substituir. Por isso, infelizmente, não temos como olhar nenhum jogador neste primeiro momento, ou mesmo acrescentar alguém da categoria juvenil, por exemplo. Não teremos mais testes", observa Siqueirinha.
A rotina de treinos, em meio a um rígido protocolo de segurança montado pela Federação de Futebol do Rio de Janeiro e adotado pelos clubes, reservou treinamentos em período integral, sob comando da comissão técnica liderada pelo técnico Sergio Gomes. Aferição de temperatura, uso do álcool em gel, separação de vestiários e outras medidas fazem parte do dia a dia dos jogadores, que também terão que seguir algumas determinações durante a disputa do Carioca.
"No caso dos jogos, teremos que testar novamente os jogadores. Como os jogos são às quartas-feiras e sábados, provavelmente haverá um teste um dia antes de cada partida de quarta-feira, valendo também para a do sábado. Temos que pegar o resultado e mandar o relatório para a Federação. É algo precisa ser seguido, embora seja muito caro", defende Siqueira.
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