Estado do Rio registra queda de 37% nos roubos de carga

Arco Metropolitano deve receber investimento em segurança para coibir extravio de mercadorias
terça-feira, 23 de fevereiro de 2021
por Guilherme Alt (guilherme@avozdaserra.com.br)
Caminhão carregado sobe a serra da RJ-116 (Fotos: Henrique Pinheiro)
Caminhão carregado sobe a serra da RJ-116 (Fotos: Henrique Pinheiro)

Os registros de roubo de carga no Estado do Rio de Janeiro tiveram queda de 37% em janeiro deste ano na comparação com o mesmo mês de 2020. Já em relação a dezembro de 2020, a redução foi de 21%. Se levarmos em consideração o último trimestre (novembro e dezembro de 2020 e janeiro de 2021), houve declínio de 32% no comparativo  com o mesmo período dos anos anteriores. As informações são do Instituto de Segurança Pública (ISP).

Os roubos de cargas se mantêm em uma curva descendente desde 2018. É importante salientar que um estudo divulgado pelo ISP, em outubro, mostrou que a queda nos roubos de carga não tem correlação estatística com o isolamento social por conta do coronavírus. Para elaborar o relatório, os analistas do ISP cruzaram dados dos usuários do Google com os registros de ocorrência da Secretaria estadual de Polícia Civil.

Projeto Arco Seguro

No mês passado, empresários apresentaram ao governador em exercício do Estado do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, o Projeto Arco Seguro, idealizado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio (Firjan), que prevê a construção de uma parceria público-privada para viabilizar o potencial logístico da rodovia, atualmente subutilizada em função da violência, de ocupações irregulares e de vandalismo, como a destruição dos postes de iluminação pública. A expectativa inicial era de fluxo diário de 30 mil veículos, mas atualmente somente a metade desse volume costuma utilizar a via expressa. 

O grupo de trabalho sugeriu a criar um fundo com recursos públicos e privados para financiamento do projeto, que seria investido rapidamente em infraestruturas necessárias como por exemplo, câmeras de monitoramento e drones. Outro eixo importante do Arco Seguro é criar uma governança que permita o mapeamento constante de irregularidades e ações para tentar reduzi-las.

 “O Estado do Rio tem o seguro mais caro, devido ao alto número de roubo de cargas. Trabalho para empresas em São Paulo e, aqui no Rio, o seguro é cerca de 40% até 50%. Então uma melhora no policiamento, sobretudo no Arco Metropolitano, seria maravilhoso para a nossa região. Nova Friburgo é uma cidade polo e com alto potencial logístico. Temos uma área de escoamento muito boa, poderíamos crescer muito nesse setor. Ajudaria muito a nossa economia”, celebrou José Israel Gonçalves de Oliveira, da empresa de distribuição LGA.

Corredor logístico

O Arco Metropolitano liga os municípios de Itaboraí e Itaguaí, além da Baixada Fluminense, totalizando 145 quilômetros de extensão. Antigo pleito da Firjan, a obra do primeiro trecho do Arco teve início em 2007. Na época de sua inauguração, a estimativa do Governo do Estado do Rio era tirar oito mil caminhões e 20 mil carros da Rodovia Presidente Dutra e da Avenida Brasil. O projeto original do Departamento de Estradas de Rodagem do Rio de Janeiro (DER-RJ) remonta à década de 1970, ainda com a denominação rodovia RJ-109.

 

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