Esta sexta-feira, 19 de agosto, é o Dia Mundial da Fotografia, uma das invenções mais extraordinárias da história da humanidade que revolucionou a sociedade a partir de meados do século 19. Assim como a cultura, a economia, as artes etc, a fotografia é uma expressão artística, informativa, explicativa. Serve para recordar, fazer flagrantes, denunciar. Profissionais ou amadoras, nunca se fez tantas fotos como nos tempos atuais. E em mais este Dia da Fotografia, não há de ser diferente.
Para o profissional que trabalha seja para qual for o veículo, a foto contemporânea mostra infinitas possibilidades de explorar a imaginação e muito mais do que ser um expert em softwares de tratamento de imagem (de extrema relevância), “é preciso definir conceitos e trazer um pensamento mais subjetivo sobre o tema a ser registrado”.
Por exemplo, para fotografar um tema abstrato, como a alegria, o fotógrafo busca elementos para representar esse sentimento: uma pessoa feliz, um ambiente colorido... “É preciso usar algo palpável para passar as ideias, mas podemos dar o sentido que quisermos a essa matéria. Afinal, a fotografia é um recorte da realidade, não é a verdade absoluta do que foi capturado, temos a capacidade de direcionar o olhar, compor, enquadrar e clicar, deixando de fora o que não queremos mostrar, e ainda criar o clima perfeito com a finalização na pós-produção”, ensina Charly Techio, fotógrafa e artista visual, supervisora do curso de Fotografia do Centro Europeu.
História
A data escolhida para a comemoração do Dia da Fotografia teve sua origem em 1839, quando, em 7 de janeiro, na Academia de Ciências da França, foi anunciada a descoberta da daguerreotipia, um processo fotográfico desenvolvido por Joseph Nicèphore Niépce (1765-1833) e Louis Jacques Mandé Daguerre (1787-1851).
Dois anos antes, em 1837, Louis Daguerre já vinha trabalhando nesse processo, baseado nos estudos de Joseph Niépce, que havia criado a héliographie alguns anos antes. Em 1839 também foi inventado o calótipo, um outro sistema de captura de imagens, criado por William Fox Talbot. Por causa dessas incríveis invenções, 1839 se consagrou como o Ano da Invenção da Fotografia.
Cerca de sete meses depois, em 19 de agosto, durante um encontro realizado no Instituto da França, em Paris, com a presença de membros da Academia de Ciências e da Academia de Belas-Artes, o cientista François Arago, secretário da Academia de Ciências, explicou o processo e comunicou que o governo francês havia adquirido o invento, colocando-o em domínio público. Dessa forma, o “mundo inteiro” passou a ter acesso à invenção do primeiro equipamento fotográfico fabricado em escala comercial. Em troca, Louis Daguerre e o filho de Joseph Niépce, Isidore, passaram a receber uma pensão anual vitalícia do governo da França, de seis mil e quatro mil francos, respectivamente.
A velocidade com que a notícia do invento do daguerreótipo chegou ao Brasil é curiosa: cerca de quatro meses depois do anúncio da descoberta (janeiro), foi publicado no Jornal do Commercio, de 1º de maio de 1839, sob o título “Miscellanea”, um artigo sobre o assunto – apenas dez dias após de ter sido assunto de uma carta do inventor norte-americano Samuel F. B. Morse (1791 – 1872), escrita em Paris, em 9 de março de 1839, para o editor do New York Observer, que a publicou em 20 de abril de 1839.
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