Pais, mães e responsáveis dos 285 alunos da Escola Municipal Lafayette Bravo Filho, no Loteamento Floresta, distrito de Conselheiro Paulino, estão indignados com a situação que estão vivenciando há pelo menos três anos. Com a interdição da unidade no fim de janeiro de 2017, os alunos passaram a ter aulas em um prédio provisório na Rua José Ernesto Knust, no centro do distrito, a cerca de dois quilômetros de distância da sede da escola que atende a crianças do ensino fundamental.
Segundo alguns pais de alunos, logo que foi feita a realocação, a Prefeitura de Nova Friburgo disponibilizou um ônibus para fazer o transporte das crianças, no entanto, o serviço durou apenas dois dias e foi interrompido, sem nenhuma justificativa. Com isso, pais e mães são obrigados a pagarem passagem para levarem e buscarem os filhos na escola.
“É um absurdo essa situação. Além do transtorno com a interdição da escola, preciso pagar duas passagens por dia para levar e trazer meus netos. Estou em horário de serviço e preciso vir buscá-los. Será que meu patrão vai ter essa compreensão?”, desabafou a avó de dois alunos da escola. Ela preferiu não ser identificada.
Outro problema apontado pelos pais é a falta de uma área de lazer para as crianças na escola provisória. Apesar de contar com um pátio amplo, não há quadra de esportes, tampouco um parquinho para as crianças brincarem na hora do recreio.
“Essa rua ao lado da escola também é um problema sério. Quando chove vira um verdadeiro lamaçal e quando faz sol, essa lama suja se transforma em uma poeira que incomoda bastante. E como o prédio está muito próximo do rio, já foram vistos ratos e baratas dentro da escola. Um absurdo”, disse o pai de outro aluno.
Obra parada
Mas os problemas não param por aí. A antiga escola, interditada em janeiro de 2017 pela prefeitura, foi demolida para que fosse erguido um novo prédio. No entanto, a obra, que começou apenas no ano passado e deveria ter sido finalizada em dezembro, não está nem perto do fim. E o pior, segundo os moradores, há cerca de quatro meses está completamente paralisada e ninguém mais foi visto trabalhando no local. De acordo com a placa da obra, a intervenção foi iniciada em 10 de abril de 2019 pela empresa Itaúba Construtora e deveria ter sido finalizada no dia 6 de dezembro de 2019, ao custo de R$ 1.588.740,02.
Outro agravante é que a escola também abriga sirenes de alerta e funcionava como ponto de apoio em dias de chuvas fortes. Porém, com a escola fechada para obras, até hoje não foi providenciado outro local para servir como ponto de apoio.
O que diz a prefeitura
Procurada por A VOZ DA SERRA para comentar as denúncias feitas por pais de alunos da Escola Municipal Lafayette Bravo Filho – que leva o nome do avô do prefeito Renato Bravo -, a Prefeitura de Nova Friburgo disse através de nota que quanto ao problema dos ratos e baratas, está sendo feita a dedetização periódica do espaço e que, “inclusive, foi feito um reforço na semana passada”.
Sobre o serviço de transporte que durou apenas dois dias, a prefeitura informou que “o transporte escolar, conforme lei específica, só pode ser oferecido em áreas onde a concessionária de transporte público não atende, o que não é o caso”. Já sobre a paralisação das obras de construção da nova escola no Floresta, a prefeitura, através da Secretaria Municipal de Obras, informou que “o serviço será retomado após o carnaval. Em seguida, será feito um levantamento dos serviços que precisam ser feitos pela empresa para que um novo cronograma seja apresentado”.
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