Drama no Floresta: casa em comunidade pega fogo com mais de 40 cães dentro

Cerca de 20 animais morrem e 24 são resgatados vivos, sendo 18 filhotes que serão disponibilizados para adoção
segunda-feira, 27 de junho de 2022
por Adriana Oliveira (aoliveira@avozdaserra.com.br)
A remoção dos cães mortos em sacos plásticos (Fotos de redes sociais)
A remoção dos cães mortos em sacos plásticos (Fotos de redes sociais)

A comunidade que mora na localidade conhecida como  Buraco da Concha, no bairro Floresta, distrito de Conselheiro Paulino, viveu momentos dramáticos entre a noite do último sábado, 25, e a manhã de domingo. Uma casa cujo morador, um idoso, vivia com mais de 40 cães, pegou fogo, de forma ainda inexplicada.

Cerca de 20 cães morreram durante o incêndio. Outros seis cachorros adultos e 18 filhotes foram resgatados vivos. O morador não estava em casa e escapou ileso. 

Os cães mortos foram recolhidos pela Subsecretaria do Bem-Estar Animal (Subea) na manhã de domingo. O órgão também providenciou o sepultamento desses animais. Ainda não se sabe o que provocou o fogo. Segundo vizinhos, o dono do imóvel juntava materiais para reciclagem, além de acumular cães. 

Os sobreviventes (parte deles, abaixo) serão cadastrados para adoção. A Subea está buscando parceria com protetores de animais e ONGs para encontrar um lar temporário para eles até a realização da próxima campanha de adoção, prevista para o dia 9. 

Uma campanha, voltada exclusivamente para cães em situação de maus-tratos ou de abandono, foi realizada justamente no último sábado. 

Em março deste ano, segundo a prefeitura, a Subea havia promovido uma vistoria na casa e, embora tenha sido constatada a alta concentração de animais, não identificou que eles viviam em situação de maus-tratos. 

Além da Subea,  foi preciso uma força-tarefa envolvendo outros órgãos da prefeitura para resolver a situação, dramática, em pleno domingo. Participaram a Defesa Civil Municipal, a Secretaria de Serviços Públicos, a de Meio Ambiente e a Subprefeitura de Conselheiro Paulino, além de voluntários.

Programa de castração anunciado

No fim  de maio, a nova titular da Subea, Elisângela Rodrigues,  anunciou que, pela primeira vez,  Nova Friburgo terá um programa público de castração, com procedimentos integralmente financiados pelo município. As cirurgias serão feitas com anestesia inalatória, menos invasiva para os animais.

Outro diferencial, segundo ela, será a esterilização de cães errantes ou comunitários, que vivem perambulando pelas ruas da cidade. Esses cães serão recolhidos, castrados e, depois de recuperados, devolvidos à rua com uma marca para diferenciá-los dos demais. “Com isso, vamos reduzir, e muito, a população de animais de rua”, disse a subsecretária em rede social.

A atual gestão recebeu do governo passado um castramóvel, antiga reivindicação dos protetores de animais. Orçado em R$ 120 mil, o trailer atende a todas as exigências técnicas de biossegurança e higiênico-sanitárias estabelecidas pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária e foi adquirido por licitação, com recursos do Ministério da Saúde para o controle de zoonoses. O objetivo era promover campanhas itinerantes de castração de cães e gatos.

No entanto, a equipe que assumiu a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, à qual a Subea está subordinada, verificou que o  castramóvel não tinha luz, água, placa, nem motorista habilitado. O equipamento não tinha  previsão orçamentária nem insumos, e não havia dados sobre a população de animais.

 

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