Na segunda-feira, 23, policiais do 11º Batalhão de Polícia Militar (BPM) de Nova Friburgo foram acionados para investigar um furto de fios de cobre na Estrada Algemiro Cabral, no bairro São Lourenço. Dois suspeitos foram flagrados na posse de fios, ferramentas, uma escada de alumínio e um veículo contendo alicates de corte, facões e uma furadeira. Na 151ª DP, um dos envolvidos foi autuado por furto qualificado e corrupção de menores, enquanto o outro, menor de idade, foi apreendido.
(Foto: 11º batalhão polícia militar)
Roubos e furtos de cabos de telecomunicações cresceram 14% em 2022, e 2023 veio na mesma crescente. Essas ações deixam milhões de clientes sem acesso a serviços de comunicação e, com isso, privados de contato com atendimentos essenciais como polícia, bombeiros e emergência médica.
“O crime do momento”
Conforme informações coletadas com policiais, especialistas no assunto, se constata que o furto de fios e cabos virou endêmico, em decorrência do alto preço alcançado pela mercadoria. O cobre, pela alta condutividade elétrica, é o material mais usado pelas empresas de energia e, portanto, o mais visado. Antes da pandemia, era revendido a R$ 17, o quilo. Passou para R$ 40, o quilo, durante a pandemia. Em alguns locais podendo chegar a aproximadamente a R$ 50, o quilo.
(Foto: 11º batalhão polícia militar)
Depois de receptado em ferros-velhos, o cobre vai para fundições, onde é transformado em grânulos, para facilitar o transporte. Em alguns casos, vira matéria-prima para peças feitas em metalúrgicas. Em outros, volta a virar fio, só que revendido no exterior. Muitas vezes, retorna ao Brasil como matéria-prima para eletrônicos ou objetos de metal. Frequentemente, o furto de fios e cabos da rede de energia elétrica nas ruas complicam a vida do cidadão, com semáforos apagados, postes sem energia, residências, indústrias e comércio sem poder abrir, um verdadeiro prejuízo para a população.
(Foto: 11º batalhão polícia militar)
Trata-se de um crime do momento, que impacta na vida das pessoas e na lucratividade das empresas. Na tentativa de driblar a ação dos criminosos, empresas têm substituído o cobre por alumínio, que não conduz tão bem a eletricidade, mas assegura redução da perda financeira quando o furto é efetivado. Mesmo assim, a situação no setor de energia é desesperadora. O prejuízo na reposição e investimentos em segurança vem aumentando em torno de 15% ao ano.
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