Desemprego cai a 7,9% no trimestre terminado em julho

Mas desocupação ainda afeta 8,5 milhões de trabalhadores
domingo, 03 de setembro de 2023
por Jornal A Voz da Serra
(Foto: Pexels)
(Foto: Pexels)
A taxa de desemprego no Brasil foi de 7,9% no trimestre móvel terminado em julho, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada na quinta-feira, 31 de agosto pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

Número de pessoas ocupadas voltou a crescer após dois trimestres em queda.
Em relação ao trimestre imediatamente anterior, entre fevereiro e abril, o período traz redução de 0,6 ponto percentual (8,5%) na taxa de desocupação. No mesmo trimestre de 2022, a taxa era de 9,1%.

Para um trimestre encerrado em julho, essa é a menor taxa desde 2014, quando foi de 7%. 

O IBGE chegou a informar que esta seria a menor taxa desde fevereiro de 2015, mas corrigiu a informação: no trimestre de outubro a dezembro de 2022 a taxa também chegou a 7,9%. Com os resultados deste trimestre, o número absoluto de desocupados teve baixa de 6,3% contra o trimestre anterior, chegando a 8,5 milhões de pessoas. São 573 mil pessoas a menos no contingente de desocupados, comparado também ao trimestre anterior. Em relação ao mesmo período de 2022, o recuo é de 13,8%, ou 1,36 milhão de trabalhadores.

Já o total de pessoas ocupadas cresceu 1,3% contra o trimestre anterior, passando para 99,3 milhões de brasileiros. Na comparação anual, houve crescimento de 0,7%, somando 669 mil pessoas ao grupo. Na comparação trimestral, o número de pessoas ocupadas voltou a crescer após dois trimestres em queda, segundo o IBGE.

Entre os grupos que puxaram a alta de pessoas ocupadas estão a administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas.

“Esse recuo no trimestre encerrado em julho ocorreu principalmente pela expansão do número de pessoas trabalhando”, destacou Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE.

Destaques da pesquisa
  • Taxa de desocupação: 7,9%
  • População desocupada: 8,5 milhões de pessoas
  • População ocupada: 99,3 milhões
  • População fora da força de trabalho: 66,9 milhões
  • População desalentada: 3,7 milhões
  • Empregados com carteira assinada: 37 milhões
  • Empregados sem carteira assinada: 13,2 milhões
  • Trabalhadores por conta própria: 25,2 milhões
  • Trabalhadores domésticos: 5,9 milhões
  • Trabalhadores informais: 38,9 milhões
  • Taxa de informalidade: 39,1%

Informalidade ainda pressiona

O aumento da população ocupada também foi puxado pelo trabalho informal. De um total de 1,3 milhão de pessoas que passaram a trabalhar no trimestre, 793 mil estão em postos informais de trabalho. Ao todo, o total de informais chegou a 38,9 milhões de pessoas. É uma leve subida em relação aos 38 milhões do trimestre anterior, mas ainda menor do que o recorde da série histórica, de 39,2 milhões de maio a julho de 2022.

    “A participação do trabalhador informal aumentou, mas a taxa de informalidade não tem crescimento considerável comparativo porque a população ocupada cresceu como um todo, com o setor público contribuindo para a adição de trabalhadores formais”, apontou Adriana Beringuy.

(Fonte: //g1.globo.com/economia)

 

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