O delegado de Polícia Civil, Henrique Pessoa, atual titular da 112ªDP (Carmo), divulgou nesta quarta-feira, 31 de julho, um vídeo em suas redes sociais, no qual expressa sua versão sobre a operação realizada na última segunda-feira, 29, pelo Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro.
A ação denominada Operação Aedo, que significa “vergonha”, teve apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI), também do MP, e da Corregedoria de Polícia Civil, e objetivou cumprir quatro mandados de busca e apreensão em endereços ligados a Henrique Pessoa e ao delegado adjunto da 151ªDP (Nova Friburgo), Júlio César Pyrrho de Moraes. Ambos os delegados foram denunciados pelo Gaeco pelo crime de concussão (quando uma autoridade exige para si ou para outra pessoa alguma vantagem indevida).
De acordo com a denúncia, Henrique e Júlio César teriam exigido R$ 10 mil de duas vítimas para não dar andamento a um inquérito policial que investigava um suposto crime eleitoral em novembro de 2022.
No vídeo, o delegado Henrique Pessoa diz que, em 2022, em meio a polarização política relacionada às eleições para a presidência da República, os citados pelo MP como denunciantes integravam grupos que incentivam boicotes a eleitores de um determinado candidato. O tal boicote incluía a esposa de Pessoa que temendo pela integridade dela e de sua família, o chamou à delegacia e formalizou um registro de ocorrência com a possibilidade de pagamento no valor de R$ 5 mil, procedimento este que foi referendado com a emissão de recibo.
“Estranho o fato de depois disso, ter sido feito a denúncia ao MP”, sustentou o delegado afirmando que “em nenhum momento cometeu qualquer ato ilícito e que tem a consciência tranquila que tudo será esclarecido nos autos do processo”. Pessoa disse ainda acreditar que a operação de segunda-feira “teve caráter midiático”, pois os agentes chegaram a seu endereço, em Nova Friburgo, acompanhados de uma equipe de reportagem do SBT.
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