Conservar alimentos na geladeira é uma prática comum em muitas casas, principalmente nas famílias, cujos membros trabalham fora e têm pouco tempo para preparar os itens para alimentação diária. Preparar as refeições em quantidades maiores e deixá-las na geladeira para renderem mais tempo é uma prática muito comum nos dias atuais que ajuda a prolongar a durabilidade, mas pode trazer alguns riscos para a saúde que muita gente nem imagina.
Alimentos com maior risco são aqueles que favorecem o crescimento de microrganismos. Esses alimentos geralmente têm pH neutro, alto conteúdo de umidade e são ricos em nutrientes como proteínas e amido, condições ideais para a proliferação de bactérias
Especialistas alertam que, mesmo sob refrigeração, alguns alimentos não devem ser armazenados por mais de 48 horas. Caso contrário, eles podem se tornar um risco para a saúde, favorecendo o crescimento de bactérias e fungos que, em alguns casos, não alteram a aparência, o sabor ou o cheiro do alimento, mas ainda assim podem causar intoxicações alimentares.
A temperatura da geladeira, idealmente entre 0 e 4°C, é fundamental para a conservação de muitos alimentos, mas esse controle térmico não elimina todos os riscos. Quando certos alimentos permanecem por muito tempo na geladeira, mesmo em temperaturas baixas, microrganismos patogênicos podem se multiplicar, produzindo toxinas que podem causar sérios problemas à saúde. O tempo de armazenamento e as condições em que os alimentos são manipulados desde o preparo até o armazenamento são fatores determinantes para sua segurança.
Quem nunca foi preparar uma marmita e se surpreendeu com arroz azedo ou o feijão com gosto diferente? A costureira Ana Amélia Barreto conta que costuma preparar arroz e feijão nos fins de semana em maior quantidade, geralmente um quilo de feijão e três de arroz, pelo menos, para garantir as marmitas de toda a semana, dela, do marido e de um filho. Cansada de surpresas desagradáveis pela manhã ao perceber que a comida na geladeira já havia estragado, obrigando a família a ter que almoçar em restaurantes, ela passou a usar outra técnica: “Congelo os alimentos preparados no fim de semana em porções menores e vou tirando-as do congelador gradativamente, de acordo com a necessidade do preparo das marmitas. Sempre descongelo as porções na noite anterior e pela manhã incremento as refeições com algum legume ou outro item”, conta.
Alimentos mais propensos a riscos
Alimentos com maior risco são aqueles que, devido à sua composição, favorecem o crescimento de microrganismos. Esses alimentos geralmente têm pH neutro, alto conteúdo de umidade e são ricos em nutrientes como proteínas e amido, condições ideais para a proliferação de bactérias. Para esses itens, o prazo de validade e as condições de temperatura devem ser ainda mais rigorosos.
A seguir, confira os principais alimentos que não devem ficar mais de dois dias na geladeira, segundo especialistas:
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Arroz cozido e macarrão cozido;
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Carne ou frango moídos;
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Aves, cozidas ou cruas;
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Peixe cru ou marinado;
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Alimentos prontos para consumo;
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Ensopados com ou sem carne;
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Ovos cozidos;
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Sopas e caldos;
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Lentilhas e purês de batata cozidos;
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Molhos caseiros.
A boa conservação dos alimentos na geladeira é fundamental para a segurança alimentar, mas é importante ficar atento ao tempo de armazenamento, especialmente para alimentos suscetíveis à contaminação bacteriana. Seguir as orientações sobre tempo de conservação, temperatura adequada e cuidados com a higiene pode fazer toda a diferença na prevenção de intoxicações alimentares. Fique atento aos sinais de deterioração e sempre consuma os alimentos dentro do prazo recomendado para evitar riscos à saúde.
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