Colégio Anchieta comemora 135 anos de fundação

Construção do majestoso prédio em estilo neoclássico durou dez anos
sábado, 10 de abril de 2021
por Jornal A Voz da Serra
(Fotos: Henrique Pinheiro)
(Fotos: Henrique Pinheiro)

O Colégio Anchieta comemora 135 anos de fundação nesta segunda-feira, 12, e celebra a data com uma missa em ação de graças, às 19h, em sua capela com transmissão ao vivo pelo YouTube. O Anchieta é uma instituição católica integrada à Rede Jesuíta de Educação, formada por 18 colégios em todo o Brasil, que atende alunos do maternal ao ensino médio. O primeiro colégio da Companhia de Jesus data de 1548 e vem desde lá a excelência em educação, em constante evolução até os dias atuais.

Localizado no centro de Nova Friburgo, o prédio principal do colégio, o mais antigo de todo o espaço educacional, é uma edificação em três pavimentos, com 14.100 m² de área construída, em estilo neoclássico. Só o complexo esportivo ocupa mais de 12 mil m² de área: o ginásio novo, com 1,4 mil m², e o antigo, 525 m², comportam duas quadras poliesportivas e um campo de futebol society de grama sintética, com 1.125 m² de área. Já a piscina do Parque Aquático Anjo Gabriel tem 960 m² de área, contígua a outra, menor, para natação de bebês e crianças pequenas.

Destaques de sua história...

Em 12 de abril de 1886, o Colégio Anchieta recebeu seus primeiros alunos, num total de sete: quatro de Nova Friburgo e três do Rio de Janeiro. Ao fim do primeiro ano, já eram 39, e na virada do século, quase 200 alunos. O primeiro reitor foi o padre Lourenço Rossi.

O pedido para a instalação de um colégio jesuíta em Nova Friburgo foi apresentado em 1884 pelo Dr. Carlos Éboli — médico que construiu o Instituto Sanitário Hidroterápico, sede depois ocupada pelo Colégio Nossa Senhora das Dores.

O prédio escolhido foi a casa grande da antiga Fazenda do Morro Queimado, apelidada pelo colonos suíços de 'Chateau', local da origem da fundação da cidade. Com o tempo, o velho casarão se tornou pequeno e em 1º de janeiro de 1902 foi lançada a pedra fundamental do novo prédio, o atual, pelo padre Domingos de Meis. Porém, coube ao seu substituto, padre Luis Yabar, juntamente com o construtor Francisco Vidal Gomes, a tarefa de erguer o colégio.

A construção do majestoso prédio em estilo neoclássico durou dez anos, e as palmeiras imperais, que encantam até hoje, foram plantadas entre 1910 e 1916. Nesse período inicial, o colégio funcionava em regime de internato, e por ele passaram os filhos de Rui Barbosa, Arthur Bernardes, Euclides da Cunha e Capistrano de Abreu. 

Entre outros alunos que se tornariam nacionalmente conhecidos, constam o poeta Carlos Drummond de Andrade, o músico Egberto Gismonti, o cientista político Jairo Nicolau, o jurista Sobral Pinto, e os padres Leonel Franca, Saboia de Medeiros entre outros.

Novos caminhos

Entre 1923 e 1966, o Anchieta abrigou três diferentes grupos: a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras; o noviciado e juniorado, voltado para a formação dos jovens religiosos; e a Escola Apostólica, que continuava de algum modo a vida do antigo Anchieta, embora acolhesse alunos em regime de internato com interesse em ingressar na Companhia de Jesus.

Em 1950, a comunidade religiosa do noviciado deixou definitivamente Nova Friburgo, transferindo-se para Itaici-SP e, em 1966, a Faculdade de Filosofia também se mudou para São Paulo, capital. Em 1964 teve início o curso primário, em prédio construído na entrada da sede principal, para facilitar o acesso dos pequenos alunos. Em 1969, o prédio foi ampliado.

Mais tarde, o Anchieta se transformou em externato, recebendo alunos locais e das cidades vizinhas. Apenas meninos estudavam na entidade, até que em 1969 o colégio passou a receber alunas também. Já no final do século 20, o colégio ampliou suas estruturas criando o Pré-Anchieta, para alunos dos ensinos infantil e fundamental. 

"Celebrar 135 anos de uma instituição como o Colégio Anchieta é celebrar a vida das pessoas que aqui circularam durante tantos anos e circulam até hoje. Celebração que nos deve levar, acima de tudo, à ação de graças por toda esta história de mais de um século, quando muitos jovens foram marcados para sempre com o ensinamento que receberam de seus professores e mestres. Quando inúmeros professores dedicaram parte de suas vidas no trabalho diário de ensinar e acolher seus alunos. Quando tantas famílias compartilharam da educação de seus filhos, incentivando a missão do Colégio. Quando todos os colaboradores criaram condições para o bom funcionamento do dia a dia desta escola. O Colégio Anchieta sempre soube, com a graça de Deus, nascer de novo e ser uma tradição viva neste século XXI", disse o diretor geral do Colégio Anchieta, padre Toninho Monnerat.

 

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