Em setembro de 2019, o padre Arturo Sosa, superior da Companhia de Jesus, criou o Ano Inaciano com o objetivo de celebrar o caminho de conversão que levou Santo Inácio de Loyola, desde a agonia de sua convalescência, até sua conversão. O Ano Inaciano deste 2021 teve início no último dia 20 com missa na capela do Colégio Anchieta, celebrada pelo bispo Dom Luiz Antônio Lopes Ricci, e se estenderá até 31 de julho de 2022, na festividade em louvor a Santo Inácio. Um pouco antes em 12 de março, a comunidade anchietana vai celebrar os 400 anos da canonização do santo.
Durante o Ano Inaciano, a comunidade envolvida será estimulada a se transformar e se converter diante das circunstâncias da vida, lembrando o legado de Santo Inácio que viveu um novo enquadramento da visão, do coração e da mente que o levou a uma paz sólida e permanente. Em 1521, por exemplo, ele não necessitava mudar porque estava inserido no espírito do seu tempo como nobre cavaleiro. A nova experiência, entretanto, o levou a acolher a um incerto e desconhecido horizonte sobre si mesmo, sobre Deus e sobre o mundo.
Neste Ano Inaciano, a comunidade anchietana irá refletir ainda o que a conversão de Santo Inácio pode ensinar 500 anos depois? Como seu legado pode tirar proveito para a nossa vida? Certamente, as atividades serão ainda uma oportunidade para se conhecer um pouco sobre a vida de Santo Inácio e os passos que o levaram deixar de ser um nobre cavaleiro para se tornar um pobre peregrino que desejava servir a Cristo. “Conhecer as pessoas é um desejo importante, sem dúvida, contudo, corremos o risco de nos colocarmos como meros espectadores que sentem certas emoções, mas ao final, seguimos iguais, nada muda. Outra possibilidade é passar de espectador a ator. Será possível que o que se passou com Inácio, se passar comigo também?”, irão provocar as reflexões.
Santo Inácio de Loyola, mais conhecido como “o soldado de Cristo”, não é o muito popular, muito menos em nossa região, mas seu processo de conversão e sua dinâmica dos exercícios espirituais podem ser de muita ajuda às pessoas no mundo de hoje, independente de religião. Sua história é inspiradora e muito atual por revelar sua intimidade com Deus, sua sensibilidade e sua profundidade. Canonizado em 1622 juntamente com outros santos, como Teresa de Ávila, Francisco Xavier e Felipe Néri, foi declarado pelo Papa Pio XI como padroeiro de todos os exercícios espirituais. Desde então, a Cúria Romana pratica, anualmente, esses exercícios, desde 1929. Como peregrino, Inácio soube se relacionar com toda gente de sua época, mostrou profunda acolhida e capacidade de atenção ao melhor que cada um tem para oferecer.
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