A frente fria que chegou no último domingo, 25, mudando radicalmente o clima no Estado do Rio de Janeiro trouxe, enfim, a tão esperada chuva que amenizou a onda de calor dos últimos dias, derrubou as temperaturas ao longo desta segunda-feira, 26, e ajudou a conter as queimadas que devastaram diversas matas em Nova Friburgo, desde a semana passada.
Por vários dias, o fogo atingiu grandes áreas de vegetação na localidade conhecida como Alto dos 50, no distrito de Mury e também em parte do Parque dos Três Picos e dos distritos de São Pedro da Serra e Lumiar. A forte fumaça pôde ser vista de áreas distantes aos focos de incêndio contribuindo para o comprometimento da qualidade do ar. O combate às chamas deu enorme trabalho às equipes do Corpo de Bombeiros e os incêndios assustaram moradores próximos às áreas atingidas.
Segundo a corporação militar, somente este ano, o número de incêndios florestais cresceu cerca de 85% em todo o Estado do Rio de Janeiro. De janeiro até este mês, o Corpo de Bombeiros já atendeu 6.178 ocorrências a mais do que no mesmo período do ano passado. Em 2023, foram 11.037 combates a fogo em vegetação. Já em 2024, até agora, houve 13.595 acionamentos, 2558 a mais que em todo o ano anterior.
A capital fluminense soma 4.513 incêndios em vegetação; Säo Gonçalo, 569 e Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, 561. Esses três municípios estão no topo do ranking dos mais afetados pelos incêndios em vegetações, seguidos por Maricá, Nova Iguaçu, Niterói, Araruama, Nova Friburgo, Campos dos Goytacazes e Volta Redonda.
A corporação atua por terra e ar no combate aos focos. Aeronaves, drones, viaturas especializadas e bombeiros militares especialistas em incêndio florestal trabalham dia e noite para evitar a propagação das chamas. Outra arma que a corporação utiliza, cada vez com mais frequência, é a informação. Campanhas na imprensa e nas redes sociais alertam para os riscos de práticas comuns que podem levar a grandes desastres ambientes, com prejuízos para a flora, a fauna, vidas e bens.
O Corpo de Bombeiros conta, atualmente, com dois Grupamentos de Socorro Florestal e Meio Ambiente (1° e 2° GSFMA), localizados estrategicamente no Alto da Boa Vista, no Rio, e em Magé. São unidades especializadas no atendimento a estes tipos de ocorrências, que são mais comuns no período de estiagem, entre maio e outubro. Nesta época do ano, o Corpo de Bombeiros ativa, ainda, a Operação Extinctus, reforçando o efetivo em todo o estado com Guarnições de Combate a Incêndio Florestal (GCIFs).
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