A disseminação do Covid-19 hoje no Brasil ocorre em um ritmo igual ao da Itália de semanas atrás, e ganhando velocidade, informa o G1. Segundo um estudo conduzido por sete universidades, o número de casos deve passar de três mil já na próxima terça, 24.
Para o sábado, 21, a estimativa era de 1.091 casos; para domingo, de 1.478; para esta segunda, 2.003; e para a terça, 2.714. Há um intervalo para cada dia com mínimas e máximas, que prevê até 3.400 casos na terça.
Nesta segunda, às 8h, as secretarias estaduais de Saúde contabilizam oficialmente 1.620 infectados em todos os estados do Brasil. Foram registradas 25 mortes no país, 22 delas no estado de São Paulo e três no Estado do Rio (em Niterói, Miguel Pereira e Petrópolis).
Na sexta passada, 20, eram 650 casos em todo o país, com sete mortes.
O estudo reúne professores da Unesp, Unicamp, USP, UnB e UFABC, além das universidades de Berkley e (EUA) Oldenburg (Alemanha).
Um dos cálculos feitos é o do tempo de duplicação de infectados: quanto maior, melhor. Esse tempo, baseado nos dados do Ministério da Saúde de quinta, está em 2,28 dias, e caindo. Isso quer dizer que, no Brasil, a cada 54 horas e 43 minutos, o número de contaminados dobra. Quanto mais baixo for esse tempo, mais rápida corre a pandemia no país.
Um fator que interfere nesse cálculo é o número de testes realizados.
O "Fantástico" do último domingo, 15, mostrou um estudo preliminar da Universidade de Brasília que prevê, apenas na Grande São Paulo, 1.300 casos nos próximos 30 dias e 30 mil casos em dois meses.
Já a Secretaria estadual de Saúde do Rio traçou duas possibilidades de curva em um mês para o estado: quatro mil casos se as medidas de isolamento forem eficazes ou 24 mil se a população continuar saindo e se aglomerando nas ruas.
Fonte: Eduardo Pierre, do G1
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