O Ministério da Saúde lançou na última semana uma estratégia para tentar zerar os casos de câncer do colo do útero no país. A doença é o quarto tipo de câncer mais comum entre mulheres e mata, em média, seis mil brasileiras por ano, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).A medida prevê ações para reduzir casos, prevenção, vacinação e inclusão do teste molecular (PCR) para detecção do HPV, vírus sexualmente transmissível e causador do câncer do colo do útero, no Sistema Único de Saúde (SUS). O teste molecular é feito através da análise de amostras de sangue.
Recomendado pela OMS, o teste identifica de forma mais precisa a presença do vírus HPV e, com isso, será possível ampliar o rastreio da doença na população feminina entre 25 e 64 anos e reduzir casos graves e mortes. Atualmente, o diagnóstico é feito na rede pública de saúde pelo exame papanicolau.
De acordo com orientações do Ministério da Saúde, se o teste PCR for positivo, a paciente deve passar pelo exame citológico (papanicolau) e ser encaminhada para tratamento. Em caso negativo, o PCR deve ser repetido em cinco anos.
“Vamos proteger as mulheres, junto com a vacina de HPV e rastreamento do câncer do colo do útero”, disse a ministra Nísia Trindade, ao anunciar a ação, em Recife-PE. No mesmo evento, foi relançado o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).
Outra ação é elevar os índices de vacinação contra HPV, que apresentam queda nos últimos anos. Em 2022, a baixa foi de 75% entre meninas. A meta é chegar a 90% de cobertura, percentual considerado fundamental para garantir a eliminação do câncer de colo do útero no país. A vacina é gratuita, está disponível nas unidades básicas de saúde e é recomendada para adolescentes de 9 a 14 anos, além de imunossuprimidas.
Projeto-piloto
A capital pernambucana, Recife, será pioneira no projeto da Estratégia Nacional de Controle e Eliminação do Câncer Cervical. Cerca de 400 mil mulheres daquele estado, de 25 a 64 anos, serão testadas. Haverá também monitoramento de exames e implantação do projeto nas unidades de saúde. A partir do segundo semestre, as ações deverão ser ampliadas para todo o país. (Agência Brasil)
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