Belinha e sua malinha está sem sua Kombi. A atriz friburguense Maria Cybele, que intepreta a protagonista do espetáculo infantil itinerante “Belinha e sua malinha”, lançou uma campanha para consertar a Kombi que a acompanha há anos, carinhosamente apelidada de “Dona Binha”. Além de transporte, camarim, depósito de materiais recicláveis e biblioteca volante, até o início da pandemia, o veículo também levava o equipamento de som e luz para as apresentações pelo estado a fora.
Em janeiro, a personagem Belinha completará dez anos e, como está sem trabalhar há quase oito meses devido à suspensão temporária das atividades artísticas, decidiu fazer a manutenção mecânica da Dona Binha, para deixar tudo pronto e, assim que as autoridades autorizarem, iniciar a retomada das apresentações para a garotada.
Quem quiser ajudar pode realizar uma doação de qualquer quantia pelo link do Nubank ou pelo banco Itaú, agência 6025 / conta poupança 30265-1, CPF: 084982897-00 (Maria Cybele Gonçalves Toledo).
Já quem não puder ajudar com dinheiro, pode ajudar doando algum objeto que possa ser sorteado ou premiado. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (22) 99829-3884 ou pelo e-mail malinhadabelinha@gmail.com.
Sobre a Belinha
Belinha é uma personagem criada pela atriz Maria Cybele em 2011 que faz apresentações de teatro infantil em ruas e praças públicas na Região Serrana. Junto com sua kombi/cenário a boneca-palhaça espalha alegria para a criançada. Belinha tem um lema: "Brincar é o meio mais eficaz de se educar", para isso, ela mistura artes cênicas, palhaçaria, jogos lúdicos, construção de brinquedos utilizando materiais reciclados, músicas, arte e cidadania.
O projeto nasceu após a tragédia de 2011, quando a atriz se compadeceu da situação das crianças nos abrigos, todas tristes em meio ao caos, sem suas casas, sem seus pertences, sem televisão, sem seus livros, sem seus brinquedos. Assim Maria Cybele criou Belinha, uma palhaça que pulava de abrigo em abrigo levando uma malinha cheia de brinquedos para as crianças. A função era simples: buscar o lúdico das crianças e trazê-los, mesmo que por alguns momentos, de volta à alegria da infância.
Desde 2011, foram mais de 350 espetáculos de arte de rua gratuitos, foram distribuídos mais de 35 mil narizinhos de palhaço utilizando tampinha reciclada, foram construídos mais de 12 mil brinquedos utilizando materiais reciclados e distribuídos gratuitamente durante as oficinas. E também foram distribuídos mais de um milhão de beijos na ponta do nariz, acredita ela, que estima que mais de 40 mil crianças já participaram de suas brincadeiras.
É impossível calcular o impacto da pandemia para uma artista de rua. Mesmo assim, Belinha conta que nunca parou e continuou a produzir muito. Durante a pandemia Belinha fez mais de 100 lives pelo Facebook para não deixar suas crianças sem suas brincadeiras. Como no início, em 2011, Belinha se preocupou apenas com as crianças assustadas com a paralisação das aulas.
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