A Fundação Dom João VI lamçou recentemente um vídeo lembrando todos os jornais de Nova Friburgo e região (ASSISTA AQUI). Os jornais podem ser didsponibilizados no Arquivo Pró-Memória.
Nesse acervo encontra-se, por exemplo, a coleção completa de A VOZ DA SERRA, o veículo mais antigo da região, e o terceiro do Brasil, ainda em circulação. Informando e esclarecendo a população sobre todos os acontecimentos do município, o jornal tem sido um marco no que diz respeito ao jornalismo produzido no interior do Estado do Rio. Desde 7 de abril de 1945.
Em suas páginas estão os principais acontecimentos da cidade, do setor político ao cotidiano, do esportivo ao policial, do cultural ao econômico. Das eternas enchentes à tragédia climática de 2011, da cobertura dos bárbaros crimes até a prisão dos irmãos necrófilos, da histórica rixa política entre Paulo Azevedo e Heródoto Bento de Mello.
O público pode conferir toda a história de Nova Friburgo nas mais de dez mil edições de AVS, nos arquivos do Pró-Memória, na sede da Fundação D. João VI, localizado na Praça Getúlio Vargas, 71, Centro. Graças a Thereza.
A paixão de Thereza Albuquerque e Mello
Ela foi a grande responsável pela memória friburguense, missão a que se dedicou por mais de 35 anos. O imenso acervo do Pró-Memória, que em 2010 foi incorporado ao Centro de Documentação D. João VI, só existe graças ao incansável trabalho de Thereza Albuquerque e Mello (1928-2018).
Foi em 1975 que ela deu início à catalogação de recortes de jornais, fotos, livros históricos e documentos da cidade. Com o decorrer dos anos o Pró-Memória juntou um acervo que poucos municípios podem se orgulhar de ter. Em entrevista concedida a este jornal em 2012, Thereza lembrou:
“O Jaburu (Júlio César Seabra Cavalcanti) chegou aqui em casa um dia me perguntando se eu gostaria de trabalhar no Departamento de Cultura da prefeitura. Na hora vi a oportunidade de fazer um trabalho maravilhoso. Conheci a dona Suzy (Suzel Cunha), que já colecionava notícias antigas de Friburgo, e fui apresentada à professora Dilva Maria de Moraes, que era a secretária de Educação. A empatia entre nós foi instantânea. A biblioteca também era subordinada ao Departamento de Cultura e uma das primeiras coisas que perguntei à Margarida Liguori (bibliotecária) foi sobre jornais. Ela não recebia nenhum.
Então, procurei o Laercio Ventura (diretor de A VOZ DA SERRA), que atendeu meu pedido na hora e passou a me mandar as edições, diariamente. Graças a ele, hoje temos praticamente todas as edições do principal jornal de Friburgo, desde o primeiro número. Os diretores dos demais jornais da época também colaboraram e eu ia catalogando tudo. Agora, só contamos com A VOZ DA SERRA”.
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