Comemorado no Brasil nesta sexta-feira, 15, o Dia dos Solteiros tem ganhado cada vez mais força como uma oportunidade para celebrar a liberdade, o autoconhecimento e a autonomia afetiva. A data convida homens e mulheres a refletirem sobre a importância de se amar antes de entrar em um relacionamento e a valorizarem as próprias conquistas, sem a pressão social de seguir um padrão.
Segundo dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais da metade da população adulta brasileira está solteira, seja por decisão própria, por circunstâncias da vida ou por priorizar outras áreas, como estudos e carreira. O maior grupo está entre os jovens de 20 a 34 anos, que preferem investir em desenvolvimento pessoal antes de assumir uma relação séria. Mas o fenômeno também cresce entre os mais velhos: pessoas acima de 60 anos que vivem mais, se divorciam com mais frequência e não sentem obrigação de casar novamente. Na faixa dos 35 a 49 anos, há ainda um número expressivo de pessoas que buscam relações mais livres e fora dos moldes tradicionais.
Especialistas apontam que o crescimento desse público no Brasil é resultado de fatores culturais, econômicos e sociais. Entre eles, estão a independência financeira feminina, novos formatos de família e a ressignificação do casamento. A tendência é que o número de solteiros continue crescendo nos próximos anos.
O comércio também tem percebido o potencial dessa data. Restaurantes, bares e empresas de turismo criam promoções especiais para solteiros, enquanto lojas físicas e online oferecem descontos exclusivos. No setor de viagens, por exemplo, cresce o número de pacotes “single friendly”, que incluem hospedagem e atividades voltadas para quem prefere viajar sozinho ou conhecer novas pessoas pelo caminho.
Origem da data
O Dia dos Solteiros é celebrado em diferentes datas pelo mundo. No Brasil, em 15 de agosto. Já em outros países, como a China, a celebração acontece em 11 de novembro. A origem mais conhecida vem justamente da China, na década de 1990, quando um grupo de estudantes da Universidade de Nanquim decidiu transformar o dia em uma celebração bem-humorada da vida sem par. A iniciativa ganhou força no comércio, que passou a criar promoções e eventos para atrair o público solteiro.
Sugestões para celebrar
- Cuide-se – Transforme o dia em um momento de autoamor. Faça algo que lhe dê prazer: uma caminhada ao ar livre, um banho relaxante, uma massagem ou simplesmente um tempo para descansar e recarregar as energias.
- Invista em hobbies – Resgate um interesse antigo ou descubra uma nova paixão. Pintar, cozinhar, praticar esportes ou aprender um idioma são formas de ocupar o tempo com algo que traga satisfação pessoal.
- Reencontre amigos e familiares – Marque um encontro com aquele amigo que você vive dizendo “vamos marcar” e nunca consegue. Vale um barzinho descontraído, um almoço em família ou uma reunião em casa com boa comida e conversa.
- Sessão de cinema caseira – Escolha um bom filme, prepare pipoca e crie seu próprio cinema particular. Sozinho ou com companhia, é um jeito gostoso de curtir o momento.
- Passeios culturais – Visite um museu, exposição ou livraria. Além de relaxar, esses passeios oferecem novas perspectivas e estimulam a criatividade.
- Música e movimento – Coloque suas músicas favoritas para tocar. Dance, pedale, corra ou simplesmente cante alto. A ideia é se divertir e aproveitar a própria companhia.
Mais que uma data
Estar solteiro não significa estar sozinho. É ter a liberdade de focar nas próprias necessidades e desejos, sem abrir mão de conexões afetivas com amigos, família e comunidade. Quando a pessoa se conhece e se respeita, ela estabelece vínculos mais leves e verdadeiros, seja com um parceiro ou com outras áreas da vida
Assim, mais do que marcar o calendário, a data é um convite para valorizar a própria jornada, reconhecer conquistas e celebrar a independência. Porque, no fim das contas, estar solteiro é apenas um estado civil; o que realmente importa é a forma como cada um escolhe viver e se relacionar consigo mesmo e com o mundo.
* Reportagem da estagiária Laís Lima com supervisão de Henrique Amorim
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