Jornalismo lidera arrependimento profissional nos EUA. E no Brasil?

Estudo da Universidade de Georgetown aponta jornalismo como a carreira mais rejeitada. Cenário brasileiro também preocupa
sexta-feira, 02 de maio de 2025
por Jornal A Voz da Serra
(Foto: Freepik)
(Foto: Freepik)

Uma pesquisa da Universidade de Georgetown (EUA) revelou que o Jornalismo é a carreira com maior índice de arrependimento entre os formados nos Estados Unidos, com 87% dos graduados afirmando que, se pudessem, escolheriam outra profissão. 

O dado acende um alerta não apenas sobre as condições da profissão no país norte-americano, mas também sobre os caminhos que o jornalismo vem trilhando no Brasil — onde o desgaste da categoria avança de maneira silenciosa, mas perceptível em diversas frentes.

Nas redações do país, o dia a dia tem exigido um conjunto ampliado de competências, com alta demanda e equipes reduzidas. Profissionais acumulam funções que envolvem apuração, redação, edição, publicação e ainda gestão de conteúdo em redes sociais.

Segundo Adriano Santos, jornalista e sócio da Tamer Comunicação, o cenário afeta diretamente a permanência dos profissionais na área. “Hoje, espera-se que um único jornalista atue em múltiplas frentes, muitas vezes sem suporte técnico e muita vezes, financeiro”, afirma.

A digitalização do trabalho jornalístico aumentou a velocidade de produção e alterou os critérios de desempenho. Métricas como visualizações, curtidas e compartilhamentos passaram a influenciar diretamente as decisões editoriais. Em diversas redações, um mesmo profissional é responsável por produzir e distribuir o conteúdo, com pouco tempo para planejamento. 

“Não é raro que uma mesma pessoa escreva, edite, publique e ainda interaja com o público nas redes sociais”, pontua o jornalista. A prática, segundo ele, se tornou rotina mesmo em veículos.

A exposição pública e os ataques à imprensa também fazem parte dos desafios enfrentados por quem atua na área. Nos últimos anos, jornalistas têm sido alvo de campanhas de desinformação e questionamentos à credibilidade, especialmente nas plataformas digitais. O ambiente afeta a rotina de trabalho e o relacionamento com o público. 

“A profissão perdeu espaço e prestígio, mas o papel social do jornalismo continua essencial”, observa Santos. O impacto da desconfiança é sentido especialmente por profissionais iniciantes e aqueles que atuam em coberturas políticas ou investigativas.

Mesmo diante dos desafios, profissionais seguem atuando em diferentes frentes, inclusive fora das redações tradicionais. A formação jornalística tem sido aplicada em áreas como comunicação institucional, análise de dados e produção de conteúdo estratégico. Para o jornalista, há espaço para adaptação e novas trajetórias. 

“O jornalismo ainda é fundamental para o debate público e para a construção de uma sociedade crítica. O que falta não é vocação, é estrutura”, conclui Adriano Santos. 

Estrutura física e tecnologicamente fortalecida e preparada para enfrentar possíveis eventos, como o tal “fenômeno atmosférico raro, conhecido como vibração atmosférica induzida”, que, segundo alguns especialistas, teria provocado um apagão de proporções inéditas na Espanha, Portugal e parte da França, na última segunda-feira, 28, afetando redes de comunicações — desde o WhatsApp às linhas de trens, entre outras —, além de serviços essenciais como hospitais, escolas, rede bancária, abastecimento de supermercados etc. Até o fechamento desta edição, o “fenômeno” não passava de uma suspeita. O assunto continua sendo investigado.

 

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