O mito de Narciso

O mito de Narciso é uma das histórias mais famosas da mitologia grega, sobre um personagem que era tão belo e vaidoso que, após desprezar inúmeras pretendentes, acabou se apaixonando pelo próprio reflexo.
sexta-feira, 06 de setembro de 2024
por Ana Borges
(Foto: John William Waterhouse
(Foto: John William Waterhouse

O mito de Narciso é uma das histórias mais famosas da mitologia grega, sobre um personagem que era tão belo e vaidoso que, após desprezar inúmeras pretendentes, acabou se apaixonando pelo próprio reflexo. Morreu de fome e sede à beira da fonte de água onde via sua imagem refletida. 

A versão mais conhecida do mito de Narciso é contada pelo poeta romano Ovídio (43 aC/18 dC) em sua obra Metamorfoses. Filho da ninfa Liríope e de Céfiso, deus dos lagos, certa vez, quando ainda era uma criança, sua mãe procurou o vidente Tirésias para saber se o filho teria uma vida longa. A resposta deixou Liríope perturbada: “Ele só viverá muito se não se conhecer”.

Desde pequeno, Narciso chamava a atenção pela sua beleza. E conforme os anos foram passando, não faltaram pretendentes, meninas e meninos. Mas Narciso desprezava todos.

Certo dia, enquanto caçava no bosque, o belo rapaz foi surpreendido por Eco, uma ninfa condenada a repetir o final das frases ditas pelas pessoas. Assim, não surpreende o fracasso do diálogo entre os dois, já que Eco só conseguia repetir as últimas palavras de Narciso. Confuso e irritado, Narciso repeliu a ninfa no momento em que ela tentou abraçá-lo.

Sentindo-se rejeitada, Eco se isolou no meio do bosque e deixou de comer e beber. Tempos depois, ela morreu, mas sua voz permaneceu, dando origem ao eco. Narciso continuou desprezando todo mundo que ousasse tentar conquistá-lo. Até que um dia uma ninfa clamou aos deuses que Narciso fosse punido. O castigo veio pelas mãos de Nêmesis, a deusa da vingança.

Durante um passeio pelo bosque, Narciso encontrou uma fonte de água cristalina que até então nenhum ser vivo havia tocado. Debruçou-se sobre a fonte e, sem se dar conta de que se tratava de seu próprio reflexo, viu um belíssimo jovem olhando diretamente para ele. O deslumbramento foi tão grande que Narciso não conseguia parar de olhar para aquele misterioso rapaz. Estava, enfim, apaixonado.

Mas o amor de Narciso não era correspondido. Mesmo decepcionado, recusou-se a abandonar a fonte, na esperança de que um dia pudesse concretizar o seu amor. O que jamais aconteceu.

Deprimido, Narciso deixou de comer e beber e acabou definhando. Seu excesso de vaidade o levara a se apaixonar por ele mesmo. Assim, o mito pode ser entendido como uma crítica ao egocentrismo e ao excesso de vaidade. No lugar onde morreu, nasceu uma flor amarela e branca, conhecida pelo nome “narciso”.

Nesta edição, abordamos o transtorno de personalidade narcisista, condição psiquiátrica que provoca comportamentos de grandiosidade e falta de empatia, além de outros transtornos, em reportagens e textos de especialistas. Boa leitura e bom fim de semana!

Ana Borges

(Fonte: significados.com.br)

 

Publicidade
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Publicidade
Publicidade
Publicidade

Apoie o jornalismo de qualidade

Há 80 anos A VOZ DA SERRA se dedica a buscar e entregar a seus leitores informações atualizadas e confiáveis, ajudando a escrever, dia após dia, a história de Nova Friburgo e região. Por sua alta credibilidade, incansável modernização e independência editorial, A VOZ DA SERRA consagrou-se como incontestável fonte de consulta para historiadores e pesquisadores do cotidiano de nossa cidade, tornando-se referência de jornalismo no interior fluminense, um dos veículos mais respeitados da Região Serrana e líder de mercado.

Assinando A VOZ DA SERRA, você não apenas tem acesso a conteúdo de qualidade, mantendo-se bem informado através de nossas páginas, site e mídias sociais, como ajuda a construir e dar continuidade a essa história.

Assine A Voz da Serra

TAGS: