A aluna Gabriella Baldotto do Curso de Graduação em Odontologia do Instituto de Saúde de Nova Friburgo (ISNF) escreveu três livros na língua indígena Kaingang. O objetivo é oferecer orientações sobre saúde bucal para crianças e adolescentes no idioma desta tribo, que está localizada nos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Todo o material aborda a saúde bucal nas comunidades indígenas e traz narrativas infanto-juvenis no idioma Kaingang. A apresentação dos livros ocorre nesta quinta-feira, 3, às 14h, durante defesa de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), de maneira virtual, em função da pandemia de COVID-19. Os interessados em participar devem acessar o link meet.google.com/vhf-ktno-gxe.
Para concluir todo o trabalho, Gabriella planejou ir à tribo, mas a pandemia atrapalhou os planos da viagem. A estudante, então, contou com a ajuda do indígena Renato Pereira para a tradução da língua dos Kaingang. Renato é o primeiro integrante da tribo a se formar em Odontologia pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG).
Os Kaingang
De acordo com a Comissão Pró-Índio de São Paulo, “os Kaingang são um povo pertencente à família Jê, que ocupa, atualmente, 46 terras indígenas”. A população total é estimada em 37.470 indivíduos, de acordo com levantamento realizado pelo IBGE em 2010.
Ainda de acordo com a comissão, “as primeiras notícias referentes aos Kaingang datam de 1773, no estado de São Paulo, a partir do levantamento fluvial dos rios Tietê e Paraná realizado pelo Brigadeiro Sá e Faria que informa que índios teriam aparecido à margem esquerda do Paraná, entre o Aguapeí e o Peixe”.
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