Um levantamento feito pelo Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec RJ), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio) e apurado pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), registrou que em fevereiro, o Índice de Consumo das Famílias (ICF) teve um crescimento de 6,4 pontos em relação a janeiro, quando foi registrada queda no consumo em todo Estado. O índice de 89,4 pontos em fevereiro deste ano é 0,5 ponto menor que o valor obtido no mesmo mês de 2019 e ainda aquém ao grau de satisfação (maior que 100).
O Instituto Fecomércio destaca que metade do crescimento do índice, na variação mensal, se deve ao comportamento de itens que de alguma maneira estão ligados ao crédito. São eles: compra a prazo, perspectiva de consumo e momento para duráveis. O IFec acredita que o aumento pode ser em parte resultado da queda da taxa de juros do crédito livre para pessoa física, que reduziu entre julho - primeiro corte da taxa Selic - e dezembro, último dado disponível, aproximadamente cinco pontos percentuais.
Conforme já apontado pelo instituto, o ano de 2020 não contará com estímulos à demanda privada adicionais à redução da taxa de juros (em 2019, o Governo Federal liberou o acesso aos recursos do PIS-Pasep e do FGTS). Por esta razão, a recuperação da confiança será ainda mais importante para que a diminuição da taxa de juros se transforme de fato em ampliação da demanda agregada.
A recuperação da confiança no Estado do Rio de Janeiro, por sua vez, dependerá fortemente de dois fatores importantes para a economia fluminense: os desdobramentos da Ação Direta de Inconstitucionalidade 4917, a ser julgada no dia 24 de abril pelo STF e que versa sobre a modificação das regras de distribuição dos royalties do petróleo, a participação especial dos estados brasileiros e a permanência ou não do Estado do Rio no regime de recuperação fiscal, a ser discutida em setembro deste ano.
Sobre a Fecomércio
A Fecomércio é formada por 59 sindicatos patronais fluminenses e tem como objetivo representar os interesses do comércio de bens, serviços e turismo do Estado. A entidade reúne em torno de 342 mil empresas, que correspondem por quase 2/3 da atividade econômica do Estado do Rio de Janeiro, o que representa 71% dos estabelecimentos fluminenses, gerando 1,8 milhões de empregos formais, nada menos que 64% das vagas com carteira assinada. Além disso, a Fecomércio-RJ administra, no estado do Rio, o Serviço Social do Comércio (Sesc) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comércio (Senac).
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