A Secretaria estadual de Saúde (SES) já tem em mãos um plano de contingência caso o surto de Coronavírus que se alastrou pela China, na Ásia, chegue ao Rio de Janeiro. Ele é capaz de provocar epidemias e pode evoluir a pandemias. Para proteger o cidadão fluminense do 2019-nCoV, a SES definiu objetivos estratégicos, a fim de evitar a disseminação desse novo vírus entre uma população sem imunidade para este subtipo viral.
O plano emergencial é claro: a intenção é sistematizar ações e procedimentos de responsabilidade da esfera estadual de governo. Ficou decidido que a SES vai apoiar em caráter complementar os gestores municipais no combate a um possível surto de Coronavírus, precavendo-se e organizando o enfrentamento de tudo aquilo que sair da normalidade.
“Estamos nos antecipando a um possível problema e trabalhando de maneira integrada com o Ministério da Saúde, para ampliar o número de leitos com isolamento. Teremos, dependendo da demanda, leitos em unidades municipais, estaduais e federais”, explicou o secretário estadual de Saúde, Edmar Santos.
Riscos durante o Carnaval
O secretário também reafirma que a SES está monitorando a chegada de passageiros vindos da China nos portos e aeroportos do Estado do Rio. Essa iniciativa não é voltada para o Carnaval, mas também vai servir para o período festivo, considerando a grande possibilidade de estrangeiros no país nesse período, o que aumenta o risco de circulação de doenças.
“Caso o vírus ainda não tenha começado a circular no nosso estado durante o período de folia, isso não será um problema adicional. O plano já está em operação e vai servir para lidar com essas ‘ameaças’ que uma data como o Carnaval traz”, explicou Edmar.
Seguindo a recomendação do Ministério da Saúde, de acordo com o nível de alerta da Organização Mundial de Saúde (OMS), a SES já começou a preparação do plano de contingência em funcionamento no Nível Zero. Os demais níveis de acionamento (um, dois e três) são organizados de acordo com parâmetros epidemiológicos, como números de casos.
O primeiro objetivo estratégico do plano de contingência é intensificar medidas de segurança para limitar a transmissão humano a humano, incluindo as infecções secundárias entre pessoas próximas e profissionais de saúde. Caso uma pessoa apresente sintomas e sinais de doenças respiratórias, ela será identificada imediatamente, isolada e atendida da forma como preconiza a OMS e o Ministério da Saúde.
O terceiro item abordado no tópico sobre os objetivos estratégicos do plano aponta para a comunicação do problema: informações sobre os riscos e casos registrados no Estado do Rio de Janeiro devem ser informados à sociedade o mais rápido possível para, entre outras coisas, combater a desinformação e as perigosas fake news.
Estado não tem casos suspeitos
A SES reafirmou ontem, 4, que não registrou casos de coronavírus no Estado do Rio de Janeiro. Todos os registros suspeitos foram descartados pela equipe técnica da Vigilância em Saúde por não apresentarem os critérios clínicos preconizados pelo Ministério da Saúde. “O mais importante nesse momento é tranquilizar a população do nosso Estado. Não há nenhum caso de coronavírus confirmado no Brasil. Importante dizer que o laboratório de referência é o Lacen, que fica no Estado do Rio, e todos os casos têm sido acompanhados em conjunto por um grupo de trabalho formado pela Secretaria Estadual de Saúde e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A população pode ficar tranquila, pois não nos omitiremos em falar a verdade no momento que começarmos a ter qualquer possibilidade de o vírus circular em nosso meio”, afirmou o secretário de Saúde, Edmar Santos.
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