O sétimo mandato consecutivo à frente do Nova Friburgo Futebol Clube coloca Luiz Fernando Bachini, de vez, na história da instituição. O presidente empata com Carlos Arnaldo Bravo Berbert, o Juca, como o homem que mais vezes esteve à frente do tradicional clube.
Aos 81 anos de idade, o técnico em contabilidade mostra que ainda tem disposição para planejar avanços, e perícia para lidar com as mais diversas propostas pelo antigo estádio Raul Sertã, o popular “Campo do Friburgo”, no centro da cidade.
Após ser reeleito de forma unânime para o biênio 2020–2021, Bachini anunciou a manutenção de praticamente toda a diretoria para a sequência do trabalho iniciado em 2008. No Departamento de Futebol, por exemplo, a vice-presidência continua a cargo de Luiz Sérgio Borges de Mesquita, enquanto Hélcio Ferreira da Silva, o Brandão, segue como diretor de futebol.
Cândido Ramadinha é o vice de Esporte Amador, e Hélio de Souza, coordenador de Futebol de Base. Na escolinha os coordenadores são Gabriel Domingues, Rodrigo Miranda (administrativo) e Thiago Martins (campo). Jackson Klein, Diniz, Thiago Martins, Bruno Aguiar e os suplentes Yago Emerick e Rafael Barbosa são os treinadores.
Em entrevista para A VOZ DA SERRA, Bachini fala sobre a intenção de finalizar, em breve, as novas salas e vestiários do Centro de Treinamento de Conselheiro Paulino. Durante o bate-papo, o dirigente também revela que ainda aguarda por indenização da prefeitura, abre o jogo sobre as ofertas pelo terreno no Centro e defende o início de conversas para uma possível fusão entre o Nova Friburgo e o Friburguense.
Manutenção da diretoria
“Nós mantivemos praticamente todos os diretores que vêm nos acompanhando desde 2008. Foram poucas as modificações. As pessoas confiaram no nosso trabalho, e a ideia é dar continuidade ao que tem sido feito durante todos esses últimos anos.”
Conclusão do Centro de Treinamento
“A nossa pretensão é terminar o Centro de Treinamento, e estamos aguardando a indenização por parte da prefeitura, do que foi destruído à época do pós tragédia. A situação não foi sentenciada, e nós vemos isso com um pouco de preocupação. Tudo o que foi construído lá foi pelo nosso planejamento, com recursos próprios, a partir do aluguel do campo no Centro, onde funciona o estacionamento. Pretendemos fazer um terceiro campo, e ao lado da futura Avenida Brasil, a Rua Dr. Mauro Salarini, temos a promessa de alguns deputados federais para construir um ginásio, juntamente com o Governo Federal.”
Importância do campo do Centro
“Com o aluguel do espaço, a gente constrói uma receita que é imprescindível para o clube. A partir dali cobrimos as nossas despesas e avançamos no Centro de Treinamento. Há muitas propostas nas partes de esportes, imobiliária e comunicação. Muitas firmas estão interessadas, e vamos continuar a batalhar. Estamos agora prestigiando a Liga Nova Friburgo de Desportos, o que não é mais que a nossa obrigação. Queremos dar uma ênfase maior ao nosso futebol amador. A nossa Federação do Rio não tem uma parte designada ao amador, e eles estão dispostos a colaborar na arbitragem e no registro dos jogadores.”
Parque aquático
“Também vamos reestruturar a nossa parte social. A parte onde funcionava os escritórios, que está interditada desde a enchente, se eu derrubar não posso construir mais. Pretendemos fazer ali um salão auxiliar, que não vai trazer nenhum perigo para ninguém. Também acredito que, com o início da obra de contenção do Rio Córrego Dantas, as coisas vão melhorar muito. O rio vai passar a ter uma largura de 17 metros, e a possibilidade de nós termos uma enchente forte fica reduzida.”
Terreno onde funciona um estacionamento
“Está próxima a chegada de uma proposta da Fundação Dom João VI. Eles pretendem fazer uma obra com a gente no local, porque o Nova Friburgo F.C. não vai vender o terreno. Isso está descartado, até por questão de princípios morais. Quem vai tomar conta de um dinheiro daquele? O projeto apresentado é muito bom, pois eles só pretendem construir e nós entraríamos com o terreno. Isso geraria uma receita mensal para a gente. Nos primeiros cinco anos, a Fundação teria 60% do valor da receita e o Nova Friburgo, 40%. Depois desse período, já com tudo consolidado, esses percentuais se inverteriam. Também aguardamos o contato de duas empresas de São Paulo. Ali nós não podemos construir nada acima de cinco andares, e do meio do campo para trás, vai se conservar o estacionamento. A maioria das lojas, segundo a Fundação, vão ser bem grandes. Nós estamos vendo com o Banco do Brasil se há o interesse de transferir a agência para lá. A nossa expectativa é gerar uma receita mensal em torno de R$ 260 mil nos primeiros anos.”
Possível fusão e futebol profissional
“Futuramente nós pensamos nisso, mas é um projeto a longo prazo. Nós entendemos que é muito difícil para Nova Friburgo ter dois times profissionais. O ideal era o NFFC e o Friburguense começarem a trocar uma ideia e formar um time só. Como poderíamos chegar a esse denominador comum? É um pouco difícil, mas é um assunto que interessa muito.”
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