Vendas de fim de ano devem impulsionar contratações temporárias

Além da Black Friday e do Natal, este ano, a Copa do Mundo, entre novembro e dezembro, é mais uma aposta para os lojistas
quinta-feira, 20 de outubro de 2022
por Christiane Coelho (Especial para A VOZ DA SERRA)
(Foto: Thiago Lima)
(Foto: Thiago Lima)

Faltando pouco mais de 60 dias para o Natal, cerca de 30 para a Black Friday e menos de um mês para o início da Copa do Mundo 2022, os setores varejista e de serviços já vêm se preparando para o principal período de vendas com a contratação de novos profissionais. Apesar do período trazer esperanças para empresários, de olho no aumento das vendas, e para os desempregados, que sonham com uma oportunidade de trabalho, um levantamento recente feito pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com o Sebrae, mostra que a oferta de vagas temporárias deverá ser menor este ano. 

Segundo a pesquisa dessas entidades, aproximadamente 95 mil oportunidades temporárias deverão ser abertas no país até dezembro, número abaixo da projeção da pesquisa de 2021 (105.723 vagas), quando havia um otimismo relacionado à atenuação da pandemia da Covid-19 e o retorno à vida “normal”. Também menor que o período anterior à pandemia (103.211 vagas em 2019).

Apesar da redução no número de vagas que devem ser criadas, a pesquisa aponta que 87% dos empresários do comércio no Brasil não fizeram demissões nos últimos três meses, percentual que é dez pontos percentuais maior em relação a 2021. De acordo com o levantamento, 69% dos entrevistados afirmam que pretendem manter o número de funcionários neste último bimestre do ano, enquanto 16% pretendem aumentar o quadro de colaboradores. A pesquisa revelou ainda que 26% dos empresários afirmam que já contrataram ou pretendem contratar funcionários com a expectativa de aumento do movimento no fim de ano.

Entre os empresários que pretendem contratar funcionários, 77% afirmam querer suprir a demanda que normalmente aumenta nesse período. Já entre os comerciantes que não irão contratar, a justificativa é que eles não acreditam que haverá um aumento significativo da demanda que justifique o reforço de pessoal nas lojas (35%), não possuem verba suficiente para contratações (25%) e os encargos trabalhistas serem muito altos (19%).

“A diminuição do número de vagas que serão abertas mostra um cenário de cautela e incertezas por parte dos empresários, o que pode estar ligado ao momento do país, com cenário eleitoral, inflação alta e elevação da taxa de juros. Ao mesmo tempo, vemos o crescimento do PIB e que as empresas estão demitindo menos, o que traz alívio para os funcionários e aponta uma maior estabilidade do desemprego no país”, destaca o presidente da CNDL, José César da Costa.

Maioria dos empresários planeja contratações temporárias

Considerando os empresários que já contrataram ou irão contratar funcionários para o fim do ano, a pesquisa mostra que pouco mais da metade (55%) pretende contratar mão de obra temporária e 32% pretendem fazer contratações por tempo indeterminado. Muitas lojas, inclusive em Nova Friburgo, já estão decoradas com artigos natalinos. Entre as empresas que farão contratações temporárias, 78% farão contratações neste formato com duração de até três meses. A média de funcionários contratados temporariamente será de 1,5.

Em relação à forma da contratação, 49% afirmam que fará contratações informais e 48% farão contratações com registro formal. Apenas 14% farão contratações de terceirizados. “As contratações de fim de ano representam uma oportunidade aos desempregados. Sabemos que existe sempre a oportunidade das vagas temporárias se efetivarem após o período de festas, principalmente para os profissionais que mais se destacam no trabalho”, diz o presidente da CNDL.

Vendedor, ajudante e balconista serão as funções mais demandadas

No que tange ao perfil dos funcionários já contratados ou que ainda serão contratados, as mulheres são preferidas (25%) em relação aos homens (17%), embora a maioria (55%) afirme não se importar com o sexo dos funcionários, um aumento de 15 pontos percentuais em relação ao ano passado. Mais da metade das empresas (61%) prefere jovens de 18 a 34 anos – sendo a faixa etária média de 28 anos. A expectativa média de salário é de 1,36 salários-mínimos, cerca de R$ 1.648. Quanto a jornada de trabalho, a maioria (63%) ofertará vagas entre 6h a 8h diárias.

De acordo com os empresários, 30% iniciaram as contratações esse mês, 26% pretendem contratar em novembro e 17% em dezembro. Há uma grande variedade de cargos e funções, porém as mais demandadas pelas empresas serão: vendedor (29%), ajudante (24%), balconistas (16%), cabeleireiro (7%), manicure (7%) e entregador (6%).

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