Valor médio da cesta básica aumenta em até 4,5% em sete cidades, neste início de ano

Problemas climáticos têm sido o principal motivo de aumento do café, devido à quebra de safras
terça-feira, 15 de fevereiro de 2022
por Jornal A Voz da Serra
(Foto: Pexels)
(Foto: Pexels)
O valor médio da cesta de consumo básica de alimentos de janeiro aumentou em relação ao mês anterior em sete das oito capitais analisadas mensalmente pela plataforma Cesta de Consumo Horus & FGV Ibre, recém-lançada. 

A cesta mais cara foi a do Rio de Janeiro, seguida pelas de São Paulo e Fortaleza
As maiores altas foram registradas em Belo Horizonte (4,5%), Curitiba (3,9%) e Salvador (1,8%), em relação aos valores de dezembro 2021. Fortaleza apresentou leve retração de 0,4% no valor total da cesta básica enquanto Brasília ficou praticamente estável em relação ao mês anterior (0,1%). 

Os produtos que mais contribuíram para o aumento do valor da cesta básica de Belo Horizonte foram legumes (20,3%), carne bovina (6,8%) e frutas (6,1%) enquanto em Fortaleza a redução deveu-se à queda no preço de carne bovina (-6,2%), ovos (-3,0%) e pão (-1,8%). 

A cesta mais cara foi a do Rio de Janeiro (R$ 818,10), seguida pela de São Paulo (R$ 776,12) e Fortaleza (R$ 690,59). Por outro lado, as capitais Belo Horizonte (R$ 544,01), Manaus (R$ 588,87) e Brasília (R$ 634,12) registraram os menores valores. 

Os grupos de produtos que apresentaram aumento de preço mais expressivo na cesta básica, e em quase todas as capitais, foram os legumes (batata, cebola e cenoura), seguidos de carne bovina, café e farinha de mandioca. 

Os legumes continuam seguindo a trajetória de alta, apresentando preços em elevação em sete das oito cidades, pressionados pelo aumento de preço da batata e da cebola, que tem sido impactado por fatores climáticos que prejudicaram a colheita. 

A alta no preço da carne bovina tende a ser reflexo do aumento da demanda das festas de fim de ano e do término do embargo das exportações de carne bovina brasileira. A escassez hídrica do ano passado também vem contribuindo para o aumento do preço da carne, tendo prejudicado as lavouras de milho e soja e pastagens, usadas na alimentação do gado. 

Variação vai de 1,5% a 19,9%

Os problemas climáticos também têm sido o principal motivo de aumento do café, devido à quebra de safras e consequente redução da oferta no mercado. Além disso, o aumento dos preços internacionais e a valorização do dólar têm sido um incentivo para exportação, empurrando ainda mais para cima os preços no mercado interno. 

Alguns produtos também apresentaram redução de preço. É o caso do arroz, frango, linguiça, que apresentaram queda no preço médio em diversas capitais, além da manteiga e ovos. A variação acumulada no valor da cesta básica, nos últimos seis meses, foi diferente entre as capitais, variando de 1,5% em Belo Horizonte e alcançando 19,9% em Curitiba. 

Quando se considera a cesta de consumo ampliada, que inclui bebidas e produtos de higiene e limpeza, além de alimentos, houve um aumento no valor médio em seis das oito capitais analisadas, em relação ao mês anterior. As capitais que apresentaram valores mais altos da cesta ampliada foram Rio de Janeiro (R$ 1.675,64), São Paulo (R$ 1.626,70) e Brasília (R$ 1.419,88). As maiores altas no valor da cesta ampliada foram registradas em Salvador (2,5%), Curitiba (2,4%) e Belo Horizonte (1,2%). Por outro lado, Brasília e Fortaleza apresentaram leve retração no valor da cesta ampliada. 

Na cesta ampliada, destaca-se a elevação de preços de alguns produtos de higiene e de limpeza, como amaciantes de roupa e sabonete. Além do aumento do dólar, que vem impactando nos insumos utilizados na produção desses artigos, a elevação no preço do petróleo e derivados impacta diretamente nos custos de fabricação de produtos da indústria química. Foram verificados aumentos também em enlatados e conservas, azeite e verduras em algumas capitais.

Em tempo: O mercado financeiro voltou a subir a projeção para a inflação no Brasil em 2022. A expectativa é que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) termine o ano com alta de 5,50%, valor que já está acima do teto da meta colocada pelo Banco Central, que era de 5% para esse ano.

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