Uma queda de energia atingiu várias cidades das regiões dos Lagos, Serrana e do Norte fluminense no início da noite de sexta-feira, 2. Pelo menos 15 cidades foram afetadas pelo problema, inclusive Nova Friburgo, que também causou a paralisação do sistema de abastecimento da Cedae. Casas, comércios, ruas e avenidas ficaram totalmente apagados, uma situação atípica nos dias de hoje. Os sinais de trânsito, obviamente, também não funcionaram e o trânsito chegou a ficar confuso no início da noite. Há relatos de pessoas que ficaram presas em elevadores de edifícios comerciais, já que o apagão coincidiu com o final do expediente em diversos setores.
A edição deste fim de semana de A VOZ DA SERRA não pode ser concluída em tempo normal, já que, além da falta de energia, todo o processo de finalização é digitalizado e depende também da internet. Com isso, a direção do jornal fez vários contatos com a Energisa para saber uma previsão do retorno do fornecimento. Em resposta à nossa solicitação, a concessionária não teve condições de precisar o horário de restabelecimento da energia. Em nota, a Energisa informou apenas que o apagão foi ocasionado por problemas externos oriundos de “instabilidades na supridora de energia” e que estaria fazendo manobras para tentar restabelecer a energia no município.
Diante disso, por volta das 21h, a direção do jornal optou por retomar o processo de finalização desta edição na manhã de sábado, 3. Por isso, a edição deste fim de semana chega aos assinantes e às bancas, excepcionalmente neste domingo, 4, inclusive, contendo a cobertura do apagão.
Na prefeitura, por exemplo, os informes diários sobre o coronavírus com o registro de infectados e óbitos, além da taxa de ocupação dos leitos de enfermaria e UTI nos hospitais sofreu um atraso de, aproximadamente, quatro horas, sendo divulgado às 22h.
O setor industrial, muito forte e atuante na cidade também teve prejuízos com a falta de energia. A fábrica de fechaduras Haga, por exemplo, sentiu os reflexos até a manhã deste sábado, 3. Segundo a empresa, ainda não era possível reestabelecer todos os equipamentos. “Além da perda da produção de um turno inteiro, tivemos máquinas travadas. Toda a produção foi perdida. Isso mostra a fragilidade do serviço de suprimento”, disse a direção da metalúrgica. Na Stam, indústria metal mecânica, o prejuízo foi menor. De acordo o diretor, Rogério Faria, a fábrica tem nove geradores capazes de suportar um desabastecimento nas proporções ocorridas nesta sexta-feira e por isso não houve grandes prejuízos.
Outro setor bastante prejudicado foi o de restaurantes e bares. Vários estabelecimentos contactados pelo jornal informaram diversos transtornos, além das restrições devido à pandemia. Muitos clientes cancelaram reservas. O empresário Jorge Brauniger, do tradicional Braun & Braun, classificou o evento como “dramático”. Segundo ele, o apagão prejudicou o início da promoção “Fim de semana alemão” com vários cancelamentos de reservas. Ele aguardou o restabelecimento até as 20h e decidiu pelo fechamento antecipado do estabelecimento.
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