A tradicional Festa da Cerejeira em Nova Friburgo, o famoso Hanami, está programado para este sábado, 15, e domingo, 16, das 10h às 19h, na Associação Cultural e Esportiva Nipo-Brasileira de Nova Friburgo (Acenbnf).
Além da contemplação das efêmeras flores, haverá apresentações de Taiko (tambores japoneses), arte, cosplay, música, bon odori (dança japonesa), shiatsu e comidas típicas.
A Acenbnf fica na Avenida Antônio Mário de Azevedo, 6.785 (trecho da RJ-130, estrada Tere-Fri) – perto da entrada do bairro Cardinot, basta colocar no GPS: 'Acenbnf Kaikan'.
Hanami
Hanami é como se denomina um costume tradicional japonês de contemplar ou apreciar a beleza das flores de cerejeira ou sakura, como é chamada naquele país. A prática do hanami existe há milênios. O costume foi originalmente limitado à elite da corte imperial, mas logo foi adotado pelas classes populares. Sob as árvores de sakura, as pessoas comiam e bebiam em alegres celebrações. A contemplação das flores de cerejeira tinha um simbolismo religioso. As pessoas acreditavam na existência de deuses dentro das árvores de sakura e faziam oferendas na raiz delas para pedir sorte e boas colheitas.
O sakura também foi considerado símbolo do amor onde as moças enfeitavam os cabelos com seu galho ou decoravam o quintal de suas casas com as flores para mostrar que estavam em busca de um amor. Na maior parte das grandes cidades como Tóquio, Quioto e Osaka, a época do florescer da cerejeira normalmente ocorre por volta do fim de março a meados de abril ou maio, dependendo da região.
O momento em que as flores de cerejeira florescem é muito especial para os japoneses, pois elas duram apenas de uma semana a dez dias. Por isso, durante o Hanami, os japoneses iniciam a contemplação das cerejeiras ainda no início da manhã prosseguindo até o anoitecer a fim de aproveitar ao máximo a beleza das flores, pois logo elas cairão das árvores.
Existem vários significados para o hanami e o mais poético é o simbolismo da flor representando a brevidade da vida, devido à sua efemeridade. Poemas sobre as cerejeiras e as relacionando como uma metáfora para a própria vida, delicada e bela, embora efêmera e transitória, compara a flor com a brevidade da nossa existência.
Valorização da Imigração Japonesa
O calendário do Rio de Janeiro passa a contar com o Dia Estadual de Valorização da Imigração Japonesa. É o que diz a nova lei 10.056/23, de autoria dos deputados estaduais Rodrigo Bacellar (PL), Tia Ju (Republicanos), Célia Jordão (PL), Élika Takimoto (PT) e Luiz Paulo (PSD), sancionada pelo governador Cláudio Castro e publicada em edição extra do Diário Oficial do Executivo da última quinta-feira, 6.
A data será celebrada, anualmente, em 18 de junho, dia da chegada do navio Kasato-Maru, que trouxe os primeiros imigrantes japoneses para o Brasil, em 1908. A solenidade visa reconhecer a importância da contribuição dada por esses imigrantes para o desenvolvimento econômico e cultural do Estado do Rio de Janeiro.
De acordo com a justificativa do projeto que originou a lei, calcula-se que dois milhões de japoneses e seus descendentes estejam vivendo hoje no Brasil.
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