De fevereiro a julho foi promovida em Nova Friburgo a 1ª Mostra da Socioagrobiodiversidade. O evento propôs a possibilidade da população conhecer, interagir e aprofundar saberes, experiências e culturas populares regionais nos mais abrangentes aspectos. Foram seis edições desafiantes em que a subjetividade do contexto “socioagrobiodiversidade” foi traduzida em atividades culturais e ações que propiciaram experiências únicas.
Uma rica e incrível mistura sobre sensações de cheiros, cores, energias, espiritualidades, alegrias, crenças, sabores, imagens e sons proporcionadas por seus participantes (expositores, oficineiros, fotógrafos, artistas e palestrantes), tomaram conta da Usina Cultural Energisa nesse período, e foram transformadas em informações que foram coletadas, detectadas e apontadas pelos participantes durante as rodas de conversa. e irão integrar uma publicação futura.
A mostra foi realizada em seis edições com relevâncias e diversidades de temas que, por meio de suas atividades, tratou dos mais variados assuntos, chamando a atenção com isso, para o enorme potencial de desenvolvimento regional a ser explorado. Os encontros ainda tiveram intuitos alcançados, pois ressaltaram e deram visibilidade à importância de ações, iniciativas e projetos feitos por pessoas comuns e pequenas empresas, voltados para a preservação do bioma da nossa região; deixando clara a maneira consciente, cuidadosa e respeitosa que o meio ambiente precisa e deve ter, além de ter mostrado por meio de bons exemplos, que existe uma pontinha de esperança sobre a maneira correta de convívio humano e a exploração dos recursos naturais.
Um dos pontos altos e interessantes da mostra foi conectar e unir pessoas em uma grande rede de saberes, com diferentes níveis de escolaridade, e assim multiplicaram suas experiências e seus conhecimentos com o público, sobretudo os expositores da Feira Biocultural, que atenderam aos requisitos necessários da chamada pública para a participação.
Legado
"Estamos muito felizes com os resultados. Além de todo o conteúdo riquíssimo abordado durante os últimos seis meses, recebemos um público aproximado de três mil pessoas, inclusive estrangeiros de passagem pela cidade. Participaram cerca de 100 expositores locais e de cidades vizinhas; cerca de 40 iniciativas disponibilizaram, de seus acervos particulares, fotografias para as exposições fotográficas; seis oficineiros que compartilharem seus saberes; seis expressões culturais, que tiveram a participação direta de aproximadamente 90 artistas; e seis rodas de conversas, que contaram com 24 colaboradores.
Importante ressaltar que mais de 90% dos prestadores de serviços da mostra eram de Nova Friburgo e das cidades viinhas Teresópolis, Cantagalo, Cachoeiras de Macacu, Duas Barras e Cordeiro, além do Rio de Janeiro e São Paulo", informou Scheila Santiago, propositora da mostra.
Para o consultor do projeto, Alessandro Rifan, “o evento proporcionou encontros, partilhas, informação, articulações, comercialização, documentação, proposições sociopolíticas e expressivas trocas de saberes, confirmando a perspectiva de que as motivações e vocações elencadas foram contempladas na mostra; e como legado enquanto processo que uniu e delineou iniciativas, ações e discussões sobre arranjos socioagroprodutivos a princípio vistos como segmentados, dando-lhes concretude, reforçando seu lugar de existência, fala e de valor no campo sociopolítico e ambiental.”
A 1ª Mostra da Socioagrobiodiversidade foi uma realização de Na Rede com Scheila, com patrocínio da Energisa e do Governo do Estado do Rio de Janeiro, por meio da Secretaria estadual de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura; e contou ainda com o apoio da Fundação Ormeo Junqueira Botelho, além das parcerias com a Universidade Federal do Rio de Janeiro - (Centro de Filosofia e Ciências Humanas – CFCH / Instituto de Psicologia – IP / Diretoria Adjunta de Extensão), com o Programa de Extensão Saberes e Ocupações Tradicionais; com a Reserva Ecológica Rio Bonito de Lumiar e com os projetos Takakurando, Organokits, Reciclotrom e Instituto Araticum.
Deixe o seu comentário