Agosto não foi um mês positivo na geração de empregos em Nova Friburgo. Dos cinco setores analisados pelas Estatísticas Mensais do Emprego Formal, do Novo Caged, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, do Governo Federal, pelo menos quatro setores encerraram o mês com mais desligamentos que contratações. O único setor que teve aumento nos postos de emprego foi o de Serviços, que contribuiu para que o saldo total do município fechasse positivo no oitavo mês do ano. O saldo de agosto foi positivo, com 1.828 contratações e 1.746 desligamentos, resultando na criação de 82 novos postos de trabalho.
Isso porque o setor de serviços abriu 128 novas vagas neste mês em Nova Friburgo. Foram 730 contratações e 602 demissões. Os demais setores analisados pelo Novo Caged registraram fechamentos de vagas. O Comércio foi o que mais fechou vagas no mês de agosto, com menos 28 postos de trabalho. Foram 558 desligamentos e 530 admissões. A Construção Civil demitiu 48 trabalhadores e empregou 33, uma perda de 15 vagas. Na indústria foram menos dois postos de trabalho, com 532 desligamentos e 530 contratações. E o setor agropecuário admitiu cinco trabalhadores e demitiu seis, fechando agosto com menos uma vaga no mercado.
No mês anterior, julho, Nova Friburgo registrou saldo negativo na criação de novos postos de trabalho, com menos 39 vagas de empregos formais. No acumulado do ano, entre janeiro e agosto, a cidade registra aumento na geração de empregos, com 835 novas vagas. O resultado também é puxado pelo setor de Serviços, com mais de 1.339 vagas. Em segundo lugar, vem a Construção Civil com aumento de 108 postos de trabalho, em seguida o Comércio, com a criação de 81 novas vagas neste ano.
Já a Indústria, um dos setores mais importantes para a economia de Nova Friburgo, com grande empregabilidade, principalmente nas empresas têxteis e metalúrgicas, vem registrando quedas constantes na geração de empregos neste ano, com menos 692 vagas entre janeiro e agosto. Somente no mês de abril houve resultado positivo de 43 novos postos de trabalho nas indústrias friburguenses. Em todos os outros meses o resultado foi negativo, com mais demissões que admissões.
Comparando com agosto de 2021, o número de admissões no mesmo mês foi muito parecido. Ano passado foram 1.843 e neste ano, 1.828. Uma queda de 15 contratações em relação ao ano passado. Mas, em 2022, houve mais desligamentos. Foram 1.746 neste ano e 1.521 no ano passado. O saldo de criação de empregos em agosto de 2021 foi de 322 novas vagas, um número 393% maior que em agosto deste ano.
Em todo o ano passado, a Indústria foi a maior geradora de empregos em Nova Friburgo, com 977 novas vagas. Em segundo lugar, vem o setor de Serviços, com 943 novos postos. O Comércio ficou em terceiro lugar, criando mais 462 vagas formais e a Construção Civil fechou 2021 com 76 novos postos de trabalho. A Agropecuária foi o único setor que fechou o ano com resultado negativo de menos três vagas formais.
Brasil com mais 278 mil novas vagas de trabalho
Em agosto, o Brasil gerou 278.639 postos de trabalho, resultado de 2.051.800 admissões e de 1.773.161 desligamentos de empregos com carteira assinada. No acumulado de 2022, o saldo é de 1.853.298 novos trabalhadores no mercado formal. Os dados são do Ministério do Trabalho e Previdência, de acordo com as Estatísticas Mensais do Emprego Formal, o Novo Caged
O estoque de empregos formais no país, que é a quantidade total de vínculos celetistas ativos, chegou a 42.531.653 em agosto, o que representa um aumento de 0,66% em relação ao mês anterior. No mês de agosto, o saldo de empregos foi positivo nos cinco grupamentos de atividades econômicas: serviços, indústria, comércio e agricultura.
O Brasil, diferente de Nova Friburgo, já registrou pelo terceiro mês consecutivo, aumento dos postos de trabalho na indústria, com mais 52.760 novos postos de trabalho. Para o ministro do Trabalho e Previdência, José Carlos Oliveira, a alta das contratações no setor industrial contribui para elevar a renda da população. “Isso quer dizer que estamos retomando o movimento da indústria brasileira e isso é importante porque traz um valor agregado aos nossos produtos e também vai elevar a média dos salários dos brasileiros. A indústria, via de regra, requer uma melhor qualificação, consequentemente, com o setor crescendo, a média do salário dos brasileiros acaba crescendo também”, explicou.
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