Com a proximidade da Sexta-feira Santa, neste dia 15, data na qual as pessoas que seguem a tradição católica costumam não consumir carne vermelha, a procura por peixes geralmente aumenta. A equipe de reportagem de A VOZ DA SERRA esteve nesta terça-feira, 12, em um dos locais mais procurados pelos consumidores friburguenses, que é o mercadão da Vila Amélia (Coopfeira), onde é possível encontrar um melhor preço e qualidade do pescado.
“Estamos no início da Semana Santa, mas a expectativa de venda é bem melhor por conta da pandemia. Ficamos nesse longo período com distanciamento social e outras medidas de proteção e com muita dificuldade nas vendas. Neste ano a expectativa é de um bom movimento”, explicou o comerciante Oslain de Carvalho.
Sobre o preço, em relação ao ano passado, o pescado teve um aumento, em média, de 10%. “Poderia ter sido um aumento muito maior. A sorte é que esse ano estamos tendo muita oferta de produtos no mercado, portanto o preço tende a cair”, complementou Oslain.
“Estamos bem animados e vendo uma certa normalidade, o que foi diferente nos anos anteriores por causa da pandemia. Apesar de todos os cuidados por causa da Covid-19, o pessoal está mais animado para realizar confraternizações este ano. A expectativa é de boas vendas, com um bom movimento. Espero que a população resgate cada vez mais essa tradição da Semana Santa”, esclareceu o comerciante Daniel Alvarez.
Na Coopfeira e em outros supermercados no Centro com um dos maiores fluxos de venda, o quilo do bacalhau está variando entre R$ 57 e R$ 159. O peixe é um dos mais tradicionais da Semana Santa.
De acordo com um levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), outros itens tradicionais tiveram aumento dos valores como o azeite e a batata. O quilo da batata inglesa, por exemplo, está 18% mais caro, e chega a custar R$ 6, o quilo, em média, nos supermercados. Já o azeite de oliva, teve um aumento de 16%, e nas prateleiras friburguenses está variando, de acordo com a marca, de R$ 19,90 a R$ 62.
Alguns cuidados importantes na hora de escolher um pescado
Compre apenas em estabelecimentos limpos; observe se o peixe está livre de contaminantes (como areia, pedaços de metais, plásticos, combustíveis, sabão e moscas); veja se os pescados são mantidos na temperatura recomendada pelo fabricante (refrigerados, congelados ou à temperatura ambiente). Nas peixarias, os balcões devem trazer a indicação da temperatura interna; os peixes frescos têm olhos brilhantes e salientes.
As escamas devem ser unidas entre si, brilhantes e fortemente aderidas à pele. As guelras têm que possuir cor que vai do rosa ao vermelho intenso, ser brilhantes e sem viscosidade. O odor do peixe é característico, mas não pode ser repugnante. O peixe seco deve estar armazenado em local limpo, protegido de poeira e insetos, com ausência de mofo, ovos, ou larvas de moscas, manchas escuras ou avermelhadas, limosidade superficial e amolecimento. Não pode ter odor desagradável. Já os peixes congelados devem ser conservados nas temperaturas recomendadas pelos produtores. No freezer, não devem existir poças de água ou alimentos molhados, pois são sinais de que o equipamento foi desligado ou teve a temperatura reduzida.
Por que não comer carne na Sexta-Feira Santa?
No feriado da Sexta-Feira Santa, data que relembra o dia em que Jesus Cristo foi crucificado, os católicos costumam não comer carne vermelha. São consumidos, em boa parte das vezes, peixes, camarões e frutos do mar. Na Idade Média, havia o hábito de jejuar toda sexta-feira. No século 9, enquanto Nicolau I era o papa, todos os cristãos maiores de sete anos não comiam carne às sextas. Ao longo do tempo, as tradições foram mudando, e hoje esse costume só é aplicado na Sexta-feira Santa.
Segundo a tradição católica, a opção por não ingerir carne vermelha na sexta-feira da Paixão é em respeito ao derramamento de sangue de Jesus Cristo durante sua crucificação e morte. No sábado santo e no Domingo de Páscoa, não há restrições quanto aos hábitos alimentares.
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