Pelo terceiro mês seguido, o saldo da aplicação nas cadernetas de poupança voltou a cair com o registro de mais saques do que depósitos no mês passado. Em setembro, as retiradas superaram as entradas em R$ 5,83 bilhões, de acordo com relatório divulgado nesta sexta-feira, 6, em Brasília, pelo Banco Central (BC).
O resultado negativo foi levemente menor do que o verificado em setembro de 2022, quando os brasileiros que possuem poupança sacaram R$ 5,9 bilhões a mais do que depositaram. Em relação ao mês anterior, a diferença foi maior; em agosto de 2023, o somatório de retiradas líquidas chegou a R$ 10,1 bilhões. No mês passado, foram aplicados R$ 306,15 bilhões, contra saques de R$ 311,99 bilhões. Os rendimentos creditados nas contas de poupança somaram R$ 6,15 bilhões.
Somatório de retiradas passa de R$ 86,13 bilhões
Com o resultado de setembro, a caderneta de poupança acumula o somatório de R$ 86,13 bilhões em retiradas no acumulado do ano. Em 2022, a poupança registrou fuga líquida (mais saques que depósitos) recorde de R$ 103,24 bilhões, em um cenário de inflação e endividamento altos. Os rendimentos voltaram a ganhar da inflação por causa dos aumentos da taxa Selic (juros básicos da economia), mas outras aplicações de renda fixa continuam mais atraentes que a poupança.
Em 2020, a poupança tinha registrado captação líquida (depósitos menos saques) com recorde de R$ 166,31 bilhões. Contribuíram para o resultado a instabilidade no mercado de títulos públicos no início da pandemia de covid-19 e o pagamento do auxílio emergencial, depositado em contas poupança digitais da Caixa Econômica Federal. (Agência Brasil)
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