A relação entre a prática de exercícios físicos e a manutenção da saúde mental

Combater o sedentarismo pode prevenir males como Alzheimer e Parkinson
sexta-feira, 10 de setembro de 2021
por Jornal A Voz da Serra
A relação entre a prática de exercícios físicos e a manutenção da saúde mental

Novos estudos apontam que a atividade física regular diminui os riscos de depressão e reduz a perda cognitiva em pacientes com mal de Alzheimer, por exemplo. Entre as descobertas recentes está o fato de que práticas como caminhar, correr ou pedalar são fundamentais para manter uma capacidade neurológica saudável, mesmo com o avanço da idade.

Diante da redução dos níveis de atividade física entre a população global, principalmente desde a chegada da Covid-19, a Organização Mundial da Saúde (OMS) já considera que estamos vivendo uma epidemia de sedentarismo. 

Ou seja, a falta de exercícios deixou de ser uma preocupação meramente estética para se transformar em um grave problema de saúde pública, responsável por dois milhões de mortes a cada ano. Em geral, quando se mencionam os riscos do sedentarismo para a saúde, na maioria das vezes fala-se muito de hipertensão, diabetes, obesidade e doenças cardiovasculares.

Mas o impacto dos hábitos sedentários na saúde mental pode ser igualmente devastador. Dados epidemiológicos sugerem que pessoas moderadamente ativas têm menos risco de serem acometidas por desordens mentais do que as sedentárias.

O indivíduo sedentário costuma apresentar problemas de autoestima, de autoimagem, depressão, aumento de ansiedade, de estresse, além de um maior risco para desenvolver os males de Alzheimer e de Parkinson. Isso mostra que a participação em programas de exercícios físicos pode trazer benefícios tanto na esfera física quanto na psicológica.

Um método barato e acessível

Além de melhorar o condicionamento físico, a prática regular de atividade física também melhora a capacidade cognitiva e diminui os níveis de ansiedade e estresse de maneira geral. Fazer exercícios contribui para melhorar a autoestima, o autoconceito, a imagem corporal, as funções cognitivas e de socialização de pacientes que apresentam algum risco de saúde mental.

Nesse caso, atividade física significa qualquer movimento corporal produzido pela musculatura esquelética e que resulta em gasto energético para o praticante. Nestas atividades há ainda componentes de ordem biopsicossocial, cultural e comportamental que podem ser exemplificados por jogos, lutas, danças, esportes, exercícios físicos, atividades laborais e deslocamentos.

Tudo isso torna a atividade física uma ferramenta indispensável para a promoção da saúde mental, com custos consideravelmente menores quando comparados com outras abordagens terapêuticas e medicamentosas. 

Em um estudo de referência, 23 mulheres saudáveis, com idades entre 60 e 70 anos, fizeram uma hora de caminhada três vezes por semana, juntamente com exercícios de alongamento e de flexibilidade. Após seis meses registrou-se melhoras nos níveis de atenção, memória, agilidade e no padrão de humor em comparação ao grupo de controle com 17 mulheres sedentárias.

Segundo as conclusões do estudo, isso sugere que a participação em um programa de atividade física é uma alternativa não medicamentosa importante para a melhora cognitiva em idosos. A prática de exercícios melhora a circulação sanguínea cerebral, podendo alterar a síntese e a degradação de neurotransmissores.

Acredita-se que o exercício físico poderia aumentar o fluxo sanguíneo cerebral e, consequentemente, de oxigênio e outros substratos energéticos, proporcionando assim a melhora da função cognitiva. Além disso, não pode ser descartada a sensação de bem-estar causada pela prática do exercício físico com o aumento nas concentrações de serotonina e ß-endorfinas.

Dessa forma, o uso do exercício físico como alternativa para melhorar a função cognitiva se mostra um método relativamente barato e acessível a uma grande parcela de população brasileira.

(Fonte: https://previva.com.br/exercicios-fisicos-e-saude-mental/)

 

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