Na quarta-feira, 1º, o plenário da Câmara Municipal lotou com a audiência pública sobre a revitalização e o futuro da Praça Getúlio Vargas, proposta pelo presidente, vereador Max Bill. "A Câmara Municipal está sempre de portas abertas. Sociedade civil, população e poderes públicos reunidos. É isso que queremos", resumiu. Participaram do evento os vereadores Maiara Felício e Zezinho do Caminhão, além de representantes da prefeitura, concessionárias, instituições e organizações. Diversos pontos foram abordados, à exemplo da utilização dos coretos.
Os detalhes do projeto, a ser desenvolvido em três etapas, foram apresentados pelo presidente da Fundação Dom João VI, Luiz Fernando Folly, representando o Grupo de Trabalho, formado por setores diversos para elaborar e acompanhar as intervenções na praça. A primeira etapa será a retirada dos tocos e raízes de 34 eucaliptos mortos, após os cortes feitos em 2015. A intervenção começou na segunda-feira, 27, e deve durar quatro semanas.. A ação é resultado de uma autorização emitida pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e é um dos compromissos firmados pelo Termo de Ajustamento de Conduta - TAC 02/2015, assinado entre a prefeitura e o Ministério Público Federal. Após a remoção dos tocos, será feito o nivelamento do terreno, com a colocação de terra adequada ao replantio de novas mudas da mesma espécie.
Outras intervenções
Folly detalhou também como será a segunda etapa, que terá projeto paisagístico, troca de bancos, lixeiras e brinquedos do parquinho, além da reestruturação arquitetônica do chafariz, do piso e do coreto. De acordo com o projeto, o trabalho do paisagismo será feito com o plantio das espécies que já foram usadas na praça, como hortênsias, azaléias, rusélias, brincos de princesa e outras. A ideia é criar grandes maciços de flores em cada canteiro. “Estamos trabalhando com a possibilidade de chamamento público de empresas para fazer a manutenção dos jardins”, esclareceu ele.
(Presidente da Fundação Dom João VI, Luiz Fernando Folly)
Os bancos novos deverão ter o design dos bancos originais, com pés de ferro fundido e mais confortáveis. O parquinho também terá brinquedos novos, em madeira, que combinem com todo o restante da praça.
Na reestruturação arquitetônica, a ideia é além de revitalizar fisicamente o coreto, também fazer a ocupação com atividades culturais, através de chamamento público. O piso da praça era de saibro, até a década de 60, quando foi posto colocado o piso sextavado. “Hoje, no Iphan há uma busca desse piso, visto que 90% dele está integro na praça. Mas não há mais produção formal desses pisos. A fábrica que o produzia também não existe mais. Estamos tentando em uma fábrica local a produção especial desse piso, para usar onde há pontos perdidos”, revelou o presidente da Fundação Dom João VI.
Folly também informou que os sistemas do chafariz da praça estão precários e a intenção é contratar uma empresa para verificar o que pode ser aproveitado e tem que ser trocado. “A feirinha de artesanato, que é um elemento antigo na praça, também precisa de renovação de barracas e já estamos nos reunindo com os artesãos”, explicou.
Cartilha para manutenção
Ainda de acordo com Folly, a terceira etapa será a criação de diretrizes de manejo arbórico, com a ideia de transformar isso em lei municipal. “Deverão constar diretrizes para poda, controle fitossanitário, adubação, espécies de flores, plantas e árvores para criar normatizações para a manutenção da praça”, finalizou.
Diversas ponderações sobre as propostas e o que já foi executado no local foram feitas por secretários municipais, representantes de organizações, vereadores presentes e populares que acompanharam a audiência.
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