PNUMA: surto de coronavírus é reflexo da degradação ambiental

As doenças transmitidas de animais para seres humanos crescem cada vez mais e pioram à medida que habitats selvagens são destruídos
sábado, 25 de abril de 2020
por Jornal A Voz da Serra
(Foto: Henrique Pinheiro)
(Foto: Henrique Pinheiro)

As doenças transmitidas de animais para seres humanos estão em ascensão constante e pioram à medida que habitats selvagens são destruídos pela atividade humana. Os cientistas sugerem que ambientes degradados podem estimular e diversificar doenças, já que os patógenos (agentes causadores de doenças) se espalham facilmente para rebanhos e seres humanos. 

Em relato, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), alerta que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declara que um animal é a provável fonte de transmissão do coronavírus, que vem infectando milhares de pessoas em todo o mundo ocasionando grande pressão na economia global.

Segundo a OMS, os morcegos são os mais prováveis transmissores ​​da Covid-19. Porém, também é possível que o vírus tenha sido transmitido aos seres humanos a partir de outro hospedeiro intermediário, seja um animal doméstico ou selvagem.

Os coronavírus são zoonóticos, o que significa que são transmitidos de animais para pessoas. Estudos anteriores constataram que a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS, em inglês) foi transmitida de gatos domésticos para seres humanos, enquanto a Síndrome Respiratória do Oriente Médio passou de dromedários para humanos.

“Portanto, como regra geral, o consumo de produtos de origem animal crus ou mal cozidos deve ser evitado. Carne crua, leite fresco ou órgãos de animais crus devem ser manuseados com cuidado para evitar a contaminação cruzada com alimentos não cozidos”, comunicou a OMS. A declaração veio alguns dias antes da China tomar medidas para coibir o comércio e o consumo de animais silvestres.

De acordo com o PNUMA, os seres humanos e a natureza fazem parte de um sistema interconectado. A natureza fornece comida, remédios, água, ar e muitos outros benefícios que permitiram às pessoas prosperar. “Contudo, como acontece com todos os sistemas, precisamos entender como este funciona para não exagerarmos e provocarmos consequências cada vez mais negativas”, complementou.

O relatório “Fronteiras 2016 sobre questões emergentes de preocupação ambiental” do PNUMA mostra que as zoonoses (doenças infecciosas capazes de ser naturalmente transmitidas entre animais e seres humanos) ameaçam o desenvolvimento econômico, o bem-estar animal e humano e a integridade do ecossistema. Nos últimos anos, várias doenças zoonóticas emergentes foram manchete no mundo por causarem ou ameaçarem causar grandes pandemias, como ebola, gripe aviária, febre do Vale do Rift, febre do Nilo Ocidental e zika vírus. 

Para impedir o surgimento de zoonoses, é fundamental identificar as múltiplas ameaças aos ecossistemas e à vida selvagem, entre elas, a redução e fragmentação de habitats, o comércio ilegal, a poluição, a proliferação de espécies invasoras e, cada vez mais, as mudanças climáticas. (Fonte: Nações Unidas Brasil - ONU)

 

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