A Petrobras anunciou nesta sexta-feira, 19, que vai reduzir os preços do litro da gasolina em 4,95%, na média, a partir deste sábado, 20. Foi a primeira queda no ano, depois de seis aumentos Por enquanto não houve alteração de preço no diesel. Com a redução dos preços nas refinarias, o litro da gasolina ficará R$ 0,142 mais barato, a R$ 2,69.
A justificativa da Petrobras para a queda dos preços da gasolina nas refinarias foi a redução dos preços do petróleo no mercado internacional. Desde o último dia 9, quando houve o último aumento anunciado pela petroleira, a cotação do barril do tipo Brent recuou cerca de 7%.
Sétimo aumento no bolso
Já virou rotina para os brasileiros que têm carro o aumento desenfreado no preço dos combustíveis. Essas altas constantes são resultados dos aumentos periódicos determinados pela Petrobras. Só este ano, a petroleira já aumentou a gasolina seis vezes, o que na prática representa para o consumidor uma alta acumulada de 54,3% de janeiro até agora. O reajuste reflete o aumento da cotação do petróleo no mercado internacional e a disparada do dólar. Na prática, quem amarga a alta do preço é o motorista na hora de abastecer o carro.
Em Nova Friburgo, a gasolina que já estava bem “salgada”, teve um novo aumento na última quinta-feira, 18. O litro já custa entre R$ 6,15 e R$ 6,39, em média nos postos do centro da cidade. A gasolina aditivada pulou para R$ 6,58, o litro. A VOZ DA SERRA entrou em contato com um dos postos da cidade para saber sobre mais um aumento e foi informada que esse último, o sétimo do ano para o consumidor, ocorreu por causa do Ato Cotepe, que é uma base de cálculo do ICMS, o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços.
Afinal, o que é Ato Cotepe?
Por trás das variações das bombas, existe a base de cálculo do ICMS, o Ato Cotepe, que determina o valor dos impostos cobrados em cima desses produtos, o que pode influenciar, ou não, no reajuste dos preços dos combustíveis.
O Ato Cotepe/PMPF (Preço Médio Ponderado Final) acontece quinzenalmente, e é divulgado pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) no Diário Oficial da União (DOU). Para realizar a base de cálculo, o Confaz leva em consideração a circulação de mercadorias e serviços (ICMS) dos combustíveis, desta forma, define o PMPF (Preço Médio Ponderado Final) já com o valor dos tributos cobrados pelos estados.
Após as determinações em pauta fiscal, o sindicato não consegue dimensionar o impacto dos reajustes para o consumidor final, uma vez que os estabelecimentos podem ou não aplicar a mudança e o valor comercial do combustível é ofertado de forma livre nos postos de combustíveis.
Diante de mais esta alta no preço da gasolina, muitos consumidores se indignaram nesta sexta-feira, 19, ao chegarem nos postos de combustíveis para abastecer. “Além do preço caro, esses aumentos em cascata geram impacto em toda a renda das pessoas, mesmo as que não utilizam automóveis particulares, pois o custo do combustível gera impacto nos alimentos, bebidas, remédios, vestuário, setor de transportes, etc”, observou o artesão Marcos Oliveira Canto.
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