Pela segunda vez neste início de ano, gasolina já está mais cara nas refinarias

Em 2020, Petrobras promoveu 41 reajustes no preço do combustível, sendo 20 para cima e 21 para baixo
quinta-feira, 28 de janeiro de 2021
por Jornal A Voz da Serra
Pela segunda vez neste início de ano, gasolina já está mais cara nas refinarias

Depois da disparada de 7,6% no último dia 18, a gasolina terá novo aumento. De acordo com a Petrobras, desde esta quarta-feira, 27, o preço médio do litro do combustível passou a ser de R$ 2,08, com reajuste de 5,05%, nas refinarias, uma alta de R$ 0,10 por litro. O diesel também terá aumento: o avanço no preço médio é de R$ 0,09, com a alta de 4,4%, passando para R$ 2,12 nas refinarias. O reajuste, em menos de um mês, ocorre em meio às especulações de que os caminhoneiros podem iniciar uma greve no país em fevereiro.

A estatal ressaltou, em nota, que os preços da gasolina e do diesel vendidos na bomba dos postos revendedores é diferente do valor cobrado nas refinarias. Até chegar ao consumidor são acrescidos tributos federais e estaduais, custos para aquisição e mistura obrigatória de biocombustíveis pelas distribuidoras, além das margens brutas das companhias distribuidoras e dos próprios postos revendedores de combustíveis, o que faz o litro da gasolina já custar entre R$ 4,89 e R$ 5,14 nos postos do centro de Nova Friburgo, por exemplo.

Para a Petrobras, os valores têm como referência os preços de paridade de importação e, dessa maneira, acompanham as variações do valor do produto no mercado internacional e da taxa de câmbio, para cima e para baixo. De acordo com Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), o aumento anunciado pela Petrobras nas refinarias está aquém do necessário, prejudicando a concorrência. Para a associação, o reajuste deveria ocorrer com mais intensidade, de R$ 0,34 no diesel e de R$ 0,2310 na gasolina.

No dia 29 de dezembro, após novo reajuste, o preço médio da gasolina para as distribuidoras era R$ 1,84. Em 2020, a Petrobras promoveu 41 reajustes para a gasolina, dos quais 20 para cima e outros 21 para baixo. No diesel, foram 32 alterações, com 17 elevações e 15 reduções.

 

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